Um agente penitenciário de 32 anos foi agredido por um detento de 46 anos durante uma revista de rotina no Complexo do Carandiru, localizado na Zona Norte de São Paulo, na última quarta-feira (6). O conflito teve início quando o policial flagrou o preso falando ao telefone e solicitou a entrega do aparelho, um microcelular.O detento recusou-se e atacou o agente com uma cabeçada na testa e uma mordida no braço. Outros agentes intervieram para conter a situação, enquanto seis presos tentaram proteger o agressor. Após a contenção, o celular foi apreendido.
Agressão durante revista de rotina
A abordagem ocorreu em meio à fiscalização padrão realizada pelos agentes penitenciários para garantir a segurança interna da unidade prisional. Ao identificar que o detento utilizava um aparelho telefônico proibido,o agente solicitou sua entrega imediata. A recusa do preso resultou em agressão física contra o servidor público.
Intervenção dos agentes e reação dos presos
No momento da agressão, outros policiais penais chegaram rapidamente para apoiar o colega agredido. Simultaneamente, seis detentos se posicionaram em defesa do agressor tentando impedir sua contenção pelas autoridades. Apesar disso, os agentes conseguiram dominar a situação e apreenderam o microcelular ilegal.
Medidas adotadas pela Secretaria da Administração Penitenciária
Em comunicado oficial, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) informou que o agressor foi transferido para uma cela isolada como medida disciplinar imediata. Além disso, a direção do complexo solicitou à Justiça que seja aplicada regressão de regime ao preso envolvido no incidente.
Atendimento ao agente ferido
O servidor público recebeu atendimento médico adequado após as lesões sofridas – uma cabeçada na testa e mordida no braço – e passa bem atualmente segundo informações oficiais da SAP.
Contexto: atuação dos “ninjas” no Complexo do Carandiru
Os chamados “ninjas do PCC”,indivíduos contratados pelo Primeiro Comando da Capital para introduzir celulares e drogas nos presídios paulistas,têm intensificado suas ações dentro do Complexo do Carandiru recentemente.
Dificuldades enfrentadas pela segurança prisional
De acordo com relatos do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional (Sifuspesp), há semanas os policiais penais identificaram movimentações suspeitas desses “ninjas” nas proximidades externas ao complexo – especialmente no Parque da Juventude vizinho à unidade prisional.
Procedimentos padrão diante das ameaças externas
Para evitar aproximações perigosas junto às muralhas das unidades prisionais onde circula grande número de pessoas públicas – incluindo estudantes devido à presença próxima de escola técnica – os agentes seguem protocolos rigorosos:
- Engatilhar armamento inicialmente;
- Apontar arma caso haja persistência;
- Utilizar força letal somente se houver risco iminente;
Entretanto essa rotina é prejudicada pela movimentação intensa na área pública externa ao presídio.
Intensificação das ações preventivas
A SAP reforçou as rondas diárias realizadas por seus agentes nas áreas externas das penitenciárias visando localizar objetos ilícitos como microcelulares antes que entrem nas unidades prisionais. Essas medidas buscam conter as atividades ilegais promovidas pelos “ninjas”.
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