sexta-feira, outubro 10, 2025
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Notícias do Amazonas – Desvendando verdades e mitos sobre a hanseníase

A hanseníase, doença causada por uma bactéria que afeta a pele e os nervos periféricos, continua sendo um desafio de saúde pública no brasil. O país ocupa a segunda posição no ranking mundial de novos casos da doença. segundo o Ministério da Saúde, o contágio ocorre após longos períodos de exposição à bactéria, mas apenas uma pequena parte das pessoas infectadas desenvolve sintomas. As lesões nos nervos são responsáveis pelas deficiências físicas associadas à hanseníase e também pelo estigma social que dificulta o diagnóstico e tratamento.

Panorama da hanseníase no Brasil

O Ministério da Saúde destaca que a hanseníase permanece como um problema relevante para a saúde pública nacional. A doença é de notificação compulsória e requer investigação obrigatória dos casos confirmados. Para ampliar o conhecimento sobre o tema, foi lançada a campanha Hanseníase, Conhecer e Cuidar, com ações durante todo o ano para enfrentar essa condição.

Sinais e sintomas

Os principais sinais incluem manchas na pele que podem ser brancas, avermelhadas ou amarronzadas. Essas áreas costumam apresentar alteração na sensibilidade ao calor, frio ou toque – podendo ser dolorosas ou não. Além disso:

  • Há comprometimento dos nervos periféricos com espessamento associado a alterações sensitivas (como formigamento),motoras (fraqueza muscular) ou autonômicas.
  • Áreas afetadas apresentam diminuição dos pelos e do suor.
  • Sensações desconfortáveis como fisgadas são comuns nas mãos e pés.
  • Pode haver redução ou ausência de sensibilidade muscular na face, mãos ou pés.
  • Em alguns casos surgem caroços avermelhados dolorosos pelo corpo.

Transmissão da doença

A transmissão ocorre quando uma pessoa infectada em fase ativa elimina os bacilos pelas vias aéreas superiores – por meio de espirro, tosse ou fala – contaminando indivíduos suscetíveis após contato próximo e prolongado. Objetos usados pelo paciente não transmitem a bactéria. Pacientes com baixa carga bacteriana têm menor potencial para transmitir a doença.

Diagnóstico preciso

O diagnóstico baseia-se em exame físico detalhado dermatológico e neurológico para identificar lesões cutâneas com alteração sensitiva associada ao comprometimento dos nervos periféricos. Casos sem lesão visível mas com suspeita neural devem ser encaminhados para unidades especializadas para avaliação mais aprofundada.

Caderneta do paciente e combate à discriminação

No momento do diagnóstico é entregue ao paciente uma Caderneta de Saúde específica para acompanhar seu tratamento.Esse documento contém orientações sobre direitos do paciente, autocuidado e registro das etapas terapêuticas.O estigma social ligado à hanseníase pode causar exclusão social significativa gerando sofrimento psíquico aos acometidos pela doença.essa situação prejudica tanto o diagnóstico precoce quanto adesão ao tratamento adequado – perpetuando um ciclo negativo que impacta também economicamente as pessoas afetadas.

Mitos comuns sobre hanseníase

Para esclarecer dúvidas frequentes listamos fatos importantes segundo o Ministério da Saúde:

  • Não se pega hanseníase por abraço nem compartilhamento de talheres ou roupas
  • A transmissão exige contato próximo prolongado entre pessoas
  • A doença não é hereditária
  • É transmitida diretamente entre pessoas
  • Tratamentos caseiros não curam a enfermidade
  • O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente medicamentos eficazes contra a hanseníase
  • Pessoas acometidas não devem ser afastadas do convívio familiar nem social
  • A hanseníase tem cura comprovada mediante tratamento adequado
  • Apenas pacientes sem tratamento correto transmitem a bactéria

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