Uma criança de quatro anos e uma profissional de saúde de 29 anos, ambas sem imunização, testaram positivo para uma doença contagiosa na cidade de Campos Limpos, Tocantins. Conforme informações da Secretaria Estadual de Saúde, a menina teve contato com pessoas que estiveram na Bolívia, país que enfrenta um surto da enfermidade. Os dois pacientes apresentaram sintomas típicos e estão em recuperação domiciliar. essas informações fazem parte das recentes notícias do Amazonas relacionadas à saúde pública.
As amostras coletadas foram encaminhadas para análise definitiva na Fundação Oswaldo cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. Até o momento, os casos permanecem em investigação para confirmação oficial.
O Ministério da Saúde deslocou uma equipe técnica ao Tocantins para atuar junto à Secretaria Estadual nas ações preventivas. Entre as medidas adotadas estão o isolamento e monitoramento dos contatos próximos aos infectados, além do reforço nas campanhas vacinais locais.
Situação atual e certificação
Caso a confirmação seja concluída positivamente, o total de registros no Brasil neste ano chegará a sete casos. As ocorrências anteriores foram notificadas no Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul.Como não houve transmissão contínua dentro do país – apenas episódios isolados – o Brasil mantém sua certificação como território livre dessa doença contagiosa pela Organização Panamericana da saúde (Opas),concedida recentemente.Mônica Levi, presidente da Sociedade brasileira de Imunizações (Sbim), destaca que essa certificação já havia sido obtida em 2016 mas perdida em 2019 devido a surtos iniciados por viajantes infectados vindos da Venezuela aliados à queda nos índices vacinais nacionais.
Os novos casos registrados no Tocantins servem como alerta especial para estados fronteiriços com a Bolívia. Segundo Mônica:
“Para recertificar o Brasil como país livre dessa enfermidade é fundamental intensificar a vacinação nas regiões fronteiriças. Não podemos baixar a guarda diante dos surtos existentes nos países vizinhos.”
Dados regionais sobre os casos
Na América Latina e Caribe foram confirmados até agora mais de 7 mil registros:
- Argentina: 34
- Belize: 34
- bolívia: 60
- Brasil: 5
- Costa Rica: 1
- Estados unidos: mais de mil
- México: quase três mil
Além disso, ocorreram treze mortes associadas à doença – nove no México; três nos EUA; uma no Canadá.
De acordo com regulamentos internacionais sanitários vigentes atualmente apenas comprovante vacinal contra febre amarela é exigido para entrada em alguns países; não há obrigatoriedade relacionada ao vírus mencionado aqui.Isso significa que brasileiros podem viajar sem imunização adequada mesmo durante surtos externos – aumentando risco tanto durante viagens quanto após retorno ao território nacional.
Por isso Mônica reforça:
“Quem não tem certeza se está protegido deve receber duas doses da vacina tríplice viral – que previne contra sarampo entre outras doenças -,pois não há riscos nem contraindicações nesse procedimento.”
Esquema vacinal recomendado
O protocolo indica duas doses até os 29 anos; adultos entre trinta e cinquenta e nove devem receber pelo menos uma dose adicional quando necessário. No calendário infantil as aplicações ocorrem aos doze meses e aos quinze meses respectivamente.
A cobertura ideal ultrapassa 95%, porém dados recentes apontam:
- Cobertura nacional primeira dose infantil: cerca de 91%.
- Segunda dose completada por aproximadamente 73%.
- No Tocantins esses números são inferiores:
– Primeira dose alcança 86%
– Segunda dose fica em torno dos 55%
Segundo autoridades estaduais todas as salas disponíveis – mais de trezentas unidades – estão abastecidas com imunizantes adequadamente armazenados; situação semelhante ocorre em todo o país conforme garantias oficiais do Ministério da Saúde.
Moradores pedem melhorias na sinalização para reduzir acidentes na região.
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