Pelo menos sete pessoas morreram durante os protestos que começaram na segunda-feira na Venezuela, motivados pela reeleição do presidente Nicolás Maduro. Enquanto manifestantes derrubavam estátuas do ex-líder Hugo Chávez, a líder da oposição no país afirmou possuir provas de fraude eleitoral, garantindo que o verdadeiro vencedor seria Edmundo González Urrutia. As manifestações se espalharam por diversas regiões, incluindo áreas tradicionalmente favoráveis ao governo socialista.
Protestos e repressão nas ruas da Venezuela
Durante os protestos contra a reeleição de Maduro, as forças de segurança utilizaram gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes. Entre as palavras de ordem mais ouvidas estavam liberdade e “este governo vai cair”. Além disso, cartazes com imagens do presidente foram arrancados das paredes em várias cidades.
Prisões e mortes confirmadas
O grupo Foro penal, especializado em direitos humanos e prisioneiros políticos, informou que pelo menos 46 pessoas foram detidas em diferentes estados venezuelanos durante as manifestações. Já o jornal espanhol El Mundo confirmou a morte de sete pessoas em decorrência dos confrontos.
Derrubada das estátuas de Hugo Chávez
Em pelo menos dois locais públicos foram derrubadas estátuas do antigo presidente Hugo Chávez,símbolo do regime autoritário que governou o país por mais de uma década antes da atual gestão. Os protestos também alcançaram bairros pobres da capital Caracas – até então considerados redutos fiéis ao governo - onde disparos foram ouvidos.
Posicionamento oficial e apoio militar
Em transmissão ao vivo no palácio presidencial, Nicolás Maduro declarou que suas forças estavam agindo contra “manifestantes violentos”. Ele ressaltou ter acompanhado atos promovidos pela extrema-direita e garantiu estar tomando medidas junto à união civil-militar-policial para conter a situação.
As Forças Armadas continuam apoiando o presidente reeleito sem sinais claros de ruptura com seu regime autoritário.O Observatório Venezuelano de conflitos registrou 187 protestos em 20 estados até o início da noite desta segunda-feira (horário local), destacando relatos frequentes sobre repressão violenta praticada por grupos paramilitares aliados às forças oficiais.
Controvérsia eleitoral: oposição denuncia fraude
A onda crescente dos protestos ocorreu após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) validar oficialmente a vitória eleitoral para um terceiro mandato consecutivo do presidente maduro. O anúncio foi feito mesmo diante das críticas internacionais e questionamentos internos sobre a transparência na contagem dos votos.
Maria Corina Machado, líder da oposição venezuelana, afirmou aos jornalistas possuir evidências claras indicando uma vantagem “matematicamente irreversível” para edmundo González Urrutia – apontado como verdadeiro vencedor com cerca de 6,27 milhões votos contra aproximadamente 2,75 milhões dados a Maduro.
Nas primeiras horas após as eleições realizadas no domingo à noite (horário local), o CNE divulgou resultados oficiais mostrando nicolás maduro com 51,2% dos votos válidos frente aos 44,2% obtidos por Gonzalez Urrutia. Em resposta às acusações opositoras sobre fraude eleitoral e manipulação dos números oficiais divulgados pelo órgão responsável pelas eleições no país sul-americano,
Maduro classificou tais alegações como parte de um golpe fascista contrarrevolucionário visando desestabilizar seu governo legítimo.
Conclusão
Os recentes acontecimentos na Venezuela refletem uma crise política profunda marcada por violência nas ruas e disputas acirradas sobre legitimidade eleitoral. A instabilidade afeta não apenas caracas mas diversas regiões do país onde cidadãos exigem mudanças políticas urgentes enquanto enfrentam forte repressão estatal.
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