O Coletivo allegriah está promovendo oficinas de teatro em cinco municípios do Amazonas com o objetivo de democratizar o acesso às artes cênicas e fortalecer redes de educação na região norte. O projeto “Oficinas formativas em Teatro do Oprimido: possíveis experimentações para narrativas (auto) biográficas no ensino de ciência e a vida” utiliza a metodologia desenvolvida por Augusto Boal para integrar arte, ciência e vivências ancestrais. Após passar por novo Airão e Manaus, a iniciativa segue em janeiro de 2026 para Coari, Rio Preto da Eva e Iranduba.
Oficinas formativas com foco social
O projeto é uma extensão da pesquisa de mestrado da coordenadora Jackeline Monteiro, vinculada ao PPEGEEC/UEA. Para ela, o Teatro do Oprimido representa um compromisso político e pedagógico que transforma o espectador passivo em protagonista ativo das próprias histórias.
Jackeline destaca que essa metodologia cria um espaço coletivo onde os participantes escutam uns aos outros e inventam novas formas de expressão. As oficinas são adaptadas conforme as características locais: em Novo Airão os temas abordaram a preservação ambiental; já em Manaus, no Centro Espírita Casa do Caminho, foi realizada a montagem do espetáculo “Um Sonho de Natal”, apresentado no dia 20 de dezembro.
Metáfora da árvore como base pedagógica
leandro Lopes, arte-educador responsável pelas oficinas, explica que o trabalho funciona como um laboratório humano. Ele utiliza a metáfora da árvore ensinada por Augusto Boal para ilustrar essa conexão com a Amazônia: o solo simboliza a realidade concreta enquanto as raízes representam as histórias ancestrais que sustentam cada indivíduo.
Nas atividades práticas, os participantes são convidados a reconhecer seu próprio solo – ou seja, sua realidade – e valorizar suas raízes culturais como forma de fortalecimento pessoal e coletivo.
Impacto social além dos palcos
Para o Coletivo Allegriah, as ações vão muito além das apresentações teatrais. A intenção é formar multiplicadores capazes de levar adiante esse trabalho nas suas comunidades locais.Assim eles ampliam não só o alcance cultural mas também fortalecem redes sociais através da arte.
Em janeiro próximo serão atendidos Iranduba (Lar Terapêutico Ágape), Rio Preto da Eva (Centro Ismael Abdel Aziz) e Coari (em parceria com artistas locais). Além das atividades presenciais haverá transmissões ao vivo com especialistas debatendo temas relacionados ao teatro na sociedade contemporânea.
Oportunidades para aprendizes
O projeto também abrirá inscrições gratuitas para monitores aprendizes nas áreas relacionadas à produção cultural, fotografia, metodologias criativas e mídias sociais. Essa iniciativa visa ampliar ainda mais o impacto social gerado pelas oficinas formativas.
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