quarta-feira, setembro 17, 2025
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Notícias do Amazonas – Captura de pirarucu na Bahia gera preocupações ambientais

Exatos 40 dias após a captura de um pirarucu com 80 quilos e 2,2 metros no município de Malhada, no sudoeste da Bahia, outro exemplar da espécie foi pescado na mesma região. Desta vez, o peixe pesava 92 quilos e media 2,15 metros.essas capturas reforçam a presença atípica do pirarucu fora da Amazônia e indicam que a espécie pode estar se espalhando por diferentes trechos da bacia do rio São Francisco.

Presença do pirarucu fora da Amazônia

O pirarucu (Arapaima gigas) é um dos maiores peixes de água doce do mundo, podendo atingir até três metros de comprimento e pesar até 200 quilos. Nativo das águas amazônicas, ele pertence à família Arapaimidae e é carnívoro, alimentando-se principalmente de outros peixes, crustáceos e pequenos animais aquáticos.

Fora do seu habitat natural na Amazônia, o pirarucu é considerado uma espécie exótica que representa risco para a fauna local.A ausência de predadores naturais nos rios onde tem sido encontrado facilita sua proliferação descontrolada.

Impactos ambientais causados pelo pirarucu

A introdução dessa espécie em ambientes não nativos pode causar desequilíbrios significativos no ecossistema aquático. O risco está relacionado ao impacto sobre as populações locais de peixes, já que o pirarucu compete diretamente por alimento e espaço com espécies nativas. Além disso, sua voracidade pode comprometer as cadeias alimentares desses rios.

Casos recentes em outras regiões brasileiras

A ocorrência do pirarucu fora da Amazônia não se limita à Bahia. Em 2022 foram registrados exemplares pesando até 110 quilos no Rio grande em Cardoso (interior de São Paulo), próximo à divisa com minas Gerais.Na ocasião, especialistas alertaram para os riscos ambientais decorrentes dessa invasão biológica.

Consequências para os ecossistemas locais

Sem predadores naturais nesses novos habitats fluviais onde aparece o pirarucu tende a proliferar rapidamente causando impactos negativos na biodiversidade local. Isso inclui redução das populações nativas devido à competição direta ou predação pelo peixe exótico.

Capturas recentes na bacia do São Francisco

O primeiro exemplar registrado neste ano foi pescado em abril por um grupo de sete amigos numa área pantaneira conhecida como Quilombo do Pau D’Arco no rio São Francisco. O segundo ocorreu na Lagoa do Mucambo com participação cinco pescadores interessados em comercializar o peixe capturado.

Esses registros indicam uma possível expansão geográfica da espécie dentro da bacia hidrográfica paulista-baiana-rio-grandense – fato preocupante diante dos potenciais danos ecológicos associados ao seu estabelecimento definitivo nessas águas.


Conclusão

A presença crescente do pirarucu fora da Amazônia exige atenção redobrada das autoridades ambientais para monitoramento rigoroso dessas populações invasoras nos rios brasileiros que ainda não possuem mecanismos naturais para controlar sua proliferação sem causar prejuízos ao equilíbrio ambiental local.

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