sexta-feira, novembro 7, 2025
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Notícias do Amazonas – Câncer de pele no AM tem índices entre os mais baixos do Brasil

O câncer de pele representa cerca de 30% dos tumores malignos registrados no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). No entanto, apenas 3% desses casos são melanomas, a forma mais grave da doença. Na região Norte, os índices de câncer de pele são os menores do país nos últimos oito anos, mesmo com as altas temperaturas locais. Um caso recente que chamou atenção foi o diagnóstico e tratamento do prefeito de Manaus, David almeida, que passou por cirurgia para remoção do carcinoma basocelular.

Panorama do câncer de pele no Amazonas e na região Norte

De acordo com o Painel da Oncologia do Ministério da saúde, em 2021 foram registrados aproximadamente 605 casos de câncer de pele no Amazonas. Nos primeiros três meses de 2022 não houve registros dessa doença no estado. Entre 2013 e 2021 foram diagnosticados cerca de 1.800 casos na região. Em todo o Brasil, nos últimos oito anos foram contabilizados mais de 205 mil diagnósticos, sendo que a região Norte correspondeu a apenas 2,7% desse total – o menor índice entre as regiões brasileiras.

Tipos e características do câncer de pele

O câncer pode ser dividido em dois grupos principais: melanoma e não melanoma. O tipo não melanoma é responsável por cerca de 90% das curas, desde que detectado precocemente. Dentro desse grupo está o carcinoma basocelular – tipo diagnosticado tanto no prefeito David Almeida quanto na psicóloga Nelli Sena – que representa aproximadamente 70% dos casos nacionais e é considerado menos agressivo.

Já o melanoma apresenta maior risco devido ao crescimento anormal dos melanócitos – células responsáveis pela produção da melanina, pigmento protetor contra raios ultravioleta (UV). O não melanoma surge em outras camadas da pele e tem um desenvolvimento mais lento.

Sintomas comuns

O surgimento pode ocorrer por meio do aparecimento repentino ou pela modificação em lesões já existentes na pele. as áreas expostas ao sol são as mais vulneráveis; entretanto,tumores podem surgir também em locais pouco visíveis como genitais.

Para facilitar a identificação precoce pelo paciente mesmo sem conhecimento médico especializado existe a “regra do ABCD”:

  • A (assimetria): bordas irregulares ou mal definidas indicam risco.
  • B (bordas): presença irregularidade nas bordas ou variação na cor.
  • C (cor): heterogeneidade nas tonalidades.
  • D (diâmetro): lesões maiores que 0,6 cm merecem atenção especial.

outros sinais incluem coceira persistente e sangramentos nas pintas ou sinais cutâneos.

Fatores predisponentes e prevenção

Entre os fatores que aumentam as chances para desenvolver câncer estão predisposição genética familiar; hábitos prejudiciais como tabagismo; sedentarismo; má alimentação; além da exposição prolongada ao sol sem proteção adequada desde a infância até a vida adulta.

A dermatologista Suzi Maron destaca: “Pessoas expostas frequentemente ao sol sem uso correto do protetor solar correm grande risco”. A melhor forma preventiva é aplicar protetor solar com fator mínimo FPS 30 regularmente durante toda exposição solar – idealmente reaplicando-o a cada três horas para garantir eficácia máxima.

Tratamento cirúrgico: cirurgia Mohs

O tratamento padrão para remover completamente tumores cutâneos malignos é cirúrgico. A técnica chamada cirurgia Mohs permite retirar toda área afetada enquanto analisa minuciosamente as margens durante o procedimento por meio microscópico especializado – garantindo maior precisão comparada às cirurgias convencionais onde parte removida só passa por análise posterior à retirada.

Essa técnica foi utilizada pelo prefeito David Almeida para tratar seu carcinoma basocelular com alta probabilidade cura devido à remoção completa das células cancerígenas durante uma única intervenção cirúrgica controlada visualmente pelo médico especialista.

Pacientes indicados para essa cirurgia geralmente apresentam recidiva local após procedimentos anteriores ou quando tumor acomete áreas delicadas próximas aos olhos ou outras regiões nobres onde reconstruções são complexas.

Caso clínico: experiência pessoal

A psicóloga Nelli Sena relata ter sido diagnosticada após notar um sinal estranho no nariz sete meses antes da confirmação médica: “Foi difícil passar pela cirurgia porque envolveu retirada significativa próxima ao rosto”, conta ela sobre sua recuperação após procedimento realizado também pela técnica Mohs há dois anos e sete meses.


Com índices baixos registrados no Amazonas apesar das condições climáticas favoráveis à doença reforça-se ainda mais a importância da conscientização sobre prevenção primária através uso constante adequado protetor solar aliado à detecção precoce via autoexame regular seguindo critérios simples como regra ABCD.

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