Chelsea Coombes, uma britânica de 27 anos, compartilhou no TikTok sua experiência com narcolepsia e cataplexia, condições neurológicas raras que provocam episódios de sono súbito e perda temporária do tônus muscular desencadeada por emoções. Os primeiros sintomas surgiram aos 17 anos, quando ela percebeu que seu rosto “caía” após uma risada. Inicialmente suspeitando de um distúrbio epilético, Chelsea buscou ajuda médica e foi informada da possibilidade de narcolepsia com cataplexia, embora ainda não tenha recebido um diagnóstico oficial.Narcolepsia e cataplexia: sintomas e desafios
A narcolepsia é caracterizada por sonolência excessiva durante o dia e episódios repentinos de sono. Já a cataplexia provoca perda súbita do tônus muscular associada a emoções fortes como riso ou choro. no caso de Chelsea, esses episódios se tornaram mais frequentes ao longo dos anos, chegando a ocorrer até cem vezes em um único dia.
Ela descreve os sintomas como uma sensação semelhante a uma tontura leve: “Meus olhos piscam, minha perna treme e minha cabeça começa a girar”, relata em entrevista ao The Sun. Apesar disso, permanece consciente durante os episódios – “como se meu cérebro estivesse bêbado”. A jovem também relata solavancos na cabeça e desvio dos olhos nesses momentos.
Busca por diagnóstico oficial
Após realizar exames neurológicos sem resultados conclusivos para confirmar o diagnóstico definitivo da doença, Chelsea acabou interrompendo o acompanhamento médico. Mesmo assim, os sintomas pioraram progressivamente e passaram a ser desencadeados por diversas emoções além do riso – que continua sendo o principal gatilho.
Impactos na vida cotidiana
A condição afeta significativamente sua rotina diária. Em locais públicos onde sente que um episódio está prestes a acontecer,ela já se prepara para sentar para evitar quedas ou acidentes. situações constrangedoras são comuns; em uma viagem recente à piscina durante as férias precisou ser amparada por estranhos devido à perda repentina do tônus muscular.
Além disso, Chelsea não pode dirigir devido ao risco dos episódios inesperados. Ela também expressa preocupação com seu futuro pessoal: “Ainda não tenho filhos mas quero muito ter; fico pensando no que aconteceria se eu desmaiasse segurando meu bebê”.
Conscientização nas redes sociais
Apesar das dificuldades enfrentadas pela falta de diagnóstico formal até o momento, Chelsea utiliza suas redes sociais para compartilhar sua história com transparência e incentivar outras pessoas afetadas pela narcolepsia com cataplexia a buscarem ajuda sem vergonha ou medo.
Ela afirma: “Quero mostrar que não há motivo para se envergonhar nem necessidade de se esconder”. Sua iniciativa tem ajudado na divulgação sobre essas condições pouco conhecidas pelo público geral.Conclusão
O relato da britânica evidencia os desafios enfrentados por quem convive com narcolepsia associada à cataplexia – desde dúvidas diagnósticas até limitações práticas no dia a dia causadas pelos sintomas imprevisíveis da doença.
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