Deise Moura dos Anjos, presa por suspeita de homicídio, pesquisou e se inspirou na história da Acqua Toffana, diz polícia
Um caso de envenenamento ocorrido no Rio Grande do Sul resultou na morte de três pessoas e deixou outras duas hospitalizadas. A investigação revelou que a suspeita, Deise Moura dos Anjos, teria utilizado arsênio para contaminar um bolo durante uma confraternização familiar. Segundo a Polícia Civil do RS, Deise se inspirou na história da Acqua Toffana, um veneno à base de arsênio usado no século XVII por mulheres italianas para matar seus maridos.
operação Acqua Toffana: investigação e motivação
A Polícia Civil batizou o inquérito como “Operação Acqua Toffana” em referência ao antigo veneno italiano. Conforme apurado pelas autoridades, Deise agiu motivada por conflitos familiares que duravam mais de vinte anos. Ela teria misturado o arsênio à farinha usada no preparo do crime/” title=”Adolescente de 17 anos falece após consumir bolo envenenado; amiga admite a autoria do …”>bolo envenenado.A substância letal foi detectada em níveis elevados no sangue, urina e conteúdo estomacal das vítimas.
Além disso,a investigação ampliou-se após a descoberta da morte suspeita do sogro de Deise,Paulo Luiz dos Anjos. Ele faleceu três meses antes com sintomas atribuídos inicialmente à intoxicação alimentar. A exumação confirmou a presença do mesmo veneno no corpo dele.
Histórico da Acqua Toffana e sua relação com o crime
O nome dado à operação remete ao trióxido de arsênio utilizado como método letal pela nobreza italiana nos séculos XVII para eliminar maridos abusivos ou indesejados. Embora não haja consenso sobre sua origem exata, acredita-se que Giulia Toffana tenha sido responsável pela criação desse veneno disfarçado em forma de “remédio”. Essa referência histórica reforça o modus operandi atribuído à acusada.
Álibi contestado e novas linhas investigativas
durante as investigações foi constatado que Deise tentou desviar as suspeitas alegando que a intoxicação do sogro poderia ter sido causada por uma banana trazida pelo neto dele. No entanto, provas periciais contradizem essa versão.
As apurações indicam ainda que ela planejava assassinar pelo menos três pessoas específicas: sua sogra zeli dos Anjos e duas irmãs dela. Contudo outras pessoas presentes também consumiram o bolo contaminado – entre elas Zeli e um sobrinho-neto de 10 anos – ambos hospitalizados devido ao envenenamento.
A polícia não descarta a possibilidade de outros membros da família terem sido alvos dessa ação criminosa e segue investigando novos fatos relacionados ao caso.
Perfil psicológico segundo os investigadores
Os agentes responsáveis destacaram a frieza demonstrada por Deise durante os interrogatórios. Eles relataram que ela mantinha uma postura calma mesmo diante das acusações graves e apresentava respostas rápidas às perguntas feitas pelos policiais – características apontadas como sinais claros da capacidade manipulativa da acusada.
Conclusão
O caso envolvendo Deise Moura dos Anjos chama atenção pela complexidade familiar aliada ao uso histórico do arsênio como arma letal inspiradora desse crime moderno no Rio grande do Sul. As investigações continuam buscando esclarecer todos os detalhes dessa trama sombria enquanto aguardam desdobramentos judiciais importantes para responsabilizar os envolvidos.
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