O Movimento Amazônia de Pé, criado em maio de 2022, tem como objetivo proteger a biodiversidade, combater o desmatamento e fortalecer as comunidades tradicionais da Amazônia. Em Parintins, o Boi Caprichoso se engajou ativamente nessa causa, promovendo ações para mobilizar a população local e ampliar o apoio ao movimento. A iniciativa busca coletar 1,5 milhão de assinaturas para encaminhá-las ao Congresso Nacional e transformar a proposta em projeto de lei.
Movimento amazônia de Pé e o Boi Caprichoso em Parintins
Na quarta-feira (14), no Curral Zeca Xibelão, o Boi Caprichoso convocou sua nação azulada para integrar o Movimento Amazônia de Pé. A cerimônia contou com o hasteamento da bandeira do movimento e o rufar dos tambores, marcando a adesão oficial do bumbá ao projeto. Estiveram presentes membros do Conselho de Arte, diretoria, itens oficiais, Raça Azul, Marujada, Troup, CDC e demais colaboradores do boi tricampeão do Festival de Parintins.
O Caprichoso declarou total apoio à campanha ambiental e humanitária e passou a ser um ponto oficial para coleta de assinaturas. Essa ação faz do bumbá o primeiro grupo folclórico da cidade a mobilizar uma iniciativa em prol da proteção da amazônia no município.
A importância da cultura na defesa da Amazônia
Em 2023, durante apresentação no Bumbódromo, o Caprichoso trouxe para a arena a ativista indígena Alessandra Munduruku, que desfraldou a bandeira do movimento. O presidente do Conselho de Arte,Ericky Nakanome,ressaltou que não basta apenas falar sobre preservação ou sustentabilidade; é fundamental agir politicamente para articular a comunidade na assinatura desse documento essencial para manter “a Amazônia de Pé”.
Kamila Reis,sócia do bumbá e polinizadora do movimento,destacou o papel crucial da cultura e da arte como ferramentas sociais capazes de fortalecer efetivamente essa causa. Segundo ela: “O ativismo e a cultura podem caminhar lado a lado para defender nossa casa comum e valorizar os povos que aqui habitam.”
Engajamento das comunidades tradicionais
Adolfo tapaiüna, indígena sateré-mawé e um dos primeiros signatários do documento em Parintins, enfatizou o impacto positivo que o Boi Caprichoso tem ao aproximar as pessoas das lutas ambientais. Ele afirmou que o bumbá dialoga diretamente com territórios indígenas além dos movimentos negros, extrativistas e quilombolas na reflexão sobre natureza.
para facilitar ainda mais essa participação popular localmente foi instalado um espaço na Escola de Artes Irmão Miguel de Pascale – anexa ao Curral Zeca Xibelão – onde interessados podem assinar o documento presencialmente.
Conclusão
O engajamento cultural aliado à mobilização social mostra-se fundamental para ampliar as ações em defesa da Amazônia. A participação ativa dos grupos tradicionais como o Boi Caprichoso reforça essa luta pela preservação ambiental com foco nas comunidades locais.
Acompanhe as atualizações da matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!