A Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em parceria com a Americanas, desenvolveu um projeto de educação ambiental voltado para crianças e adolescentes das comunidades ribeirinhas da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uatumã, no município de Itapiranga, a 339 quilômetros de Manaus. Em comemoração ao Dia Mundial do Meio ambiente,foi criado um baralho educativo ilustrado com espécies animais e vegetais locais,que visa incentivar o aprendizado lúdico sobre a fauna e flora da região.
educação Ambiental nas Reservas sustentáveis
A iniciativa “Plantando Saberes & Colhendo Florestas” promove o diálogo entre saberes científicos e tradicionais para fortalecer o conhecimento ambiental entre os moradores da RDS.Durante oficinas realizadas em 2023 no eixo “Trilhando Espécies”, crianças, jovens e adultos participaram ativamente na identificação das espécies predominantes em seus territórios. O resultado foi a seleção das chamadas espécies-bandeira - aquelas prioritárias para conservação – que agora compõem o baralho educativo.
Espécies-bandeira destacadas
Entre as espécies animais escolhidas estão o tucunaré-açu, tracajá, peixe-boi, arara canindé, anta, onça-pintada, tartaruga da Amazônia, jacaré-açu, mutum e sucuriju.Já as plantas selecionadas incluem copaíba, castanheira, pau-rosa, itaúba, breu-branco e breu comum; andiroba; pau d’arco; louro-rosa; além do tucumã. essas ilustrações facilitam a compreensão dos estudantes sobre a importância dessas espécies para manter a floresta em pé.
Aprendizado prático com ilustrações lúdicas
Ernesto Ferreira de Souza é morador da comunidade São Francisco do Caribi e participou das oficinas onde pôde compartilhar seu conhecimento tradicional sobre plantas como o cipó língua-de-fogo - uma espécie que armazena água útil para quem se perde na floresta. Ele destaca como as atividades ajudaram tanto ele quanto as crianças locais a entenderem melhor os recursos naturais ao seu redor por meio de uma abordagem prática e visual.
Perspectivas futuras para conservação local
segundo Iarima Lopes , supervisora de Educação Ambiental da FAS , esse tipo de projeto abre caminhos importantes para discutir estratégias eficazes na proteção da biodiversidade amazônica dentro das comunidades tradicionais. A sensibilização gerada pelas ações socioeducativas pode ser um ponto inicial para ampliar diálogos sobre conservação ambiental contextualizados à realidade local.
Conclusão
O baralho educativo é uma ferramenta inovadora que alia aprendizado lúdico à valorização dos saberes locais por meio do convívio diário com animais e plantas típicos da região amazônica. Projetos como este fortalecem não apenas o conhecimento científico mas também cultural dos jovens moradores dessas áreas protegidas.
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