sexta-feira, outubro 10, 2025
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Notícias do Amazonas – Azul e Gol buscam fusão para controlar 60% do mercado aéreo

As companhias aéreas Azul e Gol firmaram, na quarta-feira (15), um memorando de entendimento para iniciar negociações visando uma possível fusão. Caso o acordo seja concretizado, a nova empresa resultante passará a controlar cerca de 60% do mercado aéreo brasileiro. A efetivação da união está condicionada ao término da recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos, previsto para abril.

Fusão condicionada à recuperação judicial

De acordo com o memorando divulgado ao mercado financeiro na noite de quarta-feira,a conclusão do processo de recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos é requisito fundamental para que a fusão avance.A nova companhia terá uma estrutura administrativa composta por nove conselheiros: três indicados pela Abra – holding que controla a Gol e a Avianca – três pela Azul e três independentes.

Estrutura administrativa e modelo societário

O presidente do conselho será indicado pela Abra, enquanto o cargo de diretor-executivo ficará sob responsabilidade da Azul. Assim, John Rodgerson, atual CEO da Azul, assumirá a presidência executiva do grupo após as aprovações necessárias pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), previstas para 2026.

O memorando também estabelece que o novo grupo seguirá o modelo jurídico conhecido como “corporation”, caracterizado por não ter um controlador definido formalmente.Apesar disso, a Abra será acionista majoritária. Os percentuais exatos das participações societárias ficarão definidos somente após o encerramento das renegociações das dívidas da Gol nos Estados Unidos.

Marcas independentes e compartilhamento operacional

As marcas Gol e Azul permanecerão ativas separadamente no mercado.No entanto, as companhias poderão compartilhar aeronaves entre si para ampliar conexões entre grandes centros urbanos e destinos regionais. Essa estratégia visa otimizar rotas sem perder identidade própria.

Investimentos limitados aos ativos atuais

Nenhuma das empresas realizará novos aportes financeiros específicos para viabilizar essa fusão; serão utilizados apenas os ativos já disponíveis atualmente em ambas as companhias. Além disso, a Azul continuará investindo na compra de aviões fabricados pela Embraer e buscará sinergias especialmente em voos internacionais.

Critérios financeiros para aprovação definitiva

Um ponto crucial estabelecido no memorando é que a alavancagem financeira combinada das duas empresas não poderá ultrapassar o índice registrado pela Gol ao final do processo judicial americano. Caso esse parâmetro não seja atingido, os planos de fusão serão descartados.

A alavancagem indica quanto uma empresa utiliza recursos externos para ampliar sua capacidade financeira. No terceiro trimestre deste ano, esse indicador estava em 5,5 vezes na Gol; entretanto, conforme comunicado recente divulgado nesta quarta-feira (15), há expectativa de redução desse índice para aproximadamente 4,5 vezes até abril – data prevista para encerrar sua recuperação judicial.

Conclusão

A negociação entre azul e Gol representa um movimento estratégico importante no setor aéreo brasileiro com potencial impacto significativo no mercado nacional. O desfecho dependerá diretamente dos resultados financeiros relacionados à recuperação judicial da Gol nos Estados Unidos.

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