sexta-feira, outubro 17, 2025
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Notícias do Amazonas – Assessor de Braga Netto é investigado pela PF em operação

O coronel da reserva Flávio Peregrino, que atuou como principal auxiliar do general Walter Braga Netto desde o governo Jair Bolsonaro (PL), foi um dos alvos da operação realizada pela Polícia Federal no sábado (14). Durante a ação, foram apreendidos documentos na mesa de Peregrino na sede do PL que indicam uma tentativa de obter informações detalhadas sobre a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Operação da Polícia Federal e medidas judiciais

Peregrino foi alvo de uma medida cautelar diversa da prisão determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Na mesma decisão, Moraes decretou a prisão preventiva do general Walter Braga Netto, que foi ministro durante o governo Bolsonaro e seu vice na chapa à reeleição em 2022.Diferentemente de Braga Netto, Peregrino não foi indiciado no relatório final da Polícia Federal relacionado à tentativa de golpe contra o Estado Democrático.

Documentos apreendidos e conteúdo encontrado

Na mesa ocupada por Peregrino na sede do PL, os agentes encontraram uma pasta intitulada “memórias importantes”, contendo um documento com perguntas e respostas relacionadas ao acordo firmado por Mauro Cid com a Polícia Federal em 2023. Segundo o relatório apresentado pela PF em novembro,as respostas teriam sido dadas pelo próprio Cid a questionamentos feitos possivelmente por integrantes do grupo investigado. O conteúdo demonstra preocupação com temas ligados à investigação sobre a tentativa golpista.

Além disso, também foi localizada uma folha manuscrita intitulada “operação 142“, contendo um fluxograma que descreve etapas para um golpe de Estado. O documento cita ações como anulação dos atos arbitrários atribuídos ao STF e interrupção do processo eleitoral até alcançar o “estado final desejado político”: “Lula não sobe a rampa”. A referência ao artigo 142 da constituição é usada pelos envolvidos para justificar uma intervenção militar ilegal – interpretação rejeitada pela própria PF.

Plano golpista detalhado pela PF

De acordo com as investigações descritas no material apreendido na sede do PL, o plano golpista previa seis etapas para implementar uma ruptura institucional após a derrota eleitoral sofrida por Bolsonaro. O primeiro passo consistia em levantar supostas arbitrariedades cometidas pelo Poder Judiciário desde 2019; depois seguiria com preparação das tropas militares e discursos televisivos para interromper oficialmente o processo eleitoral.

No chamado “dia D”, estava prevista a decretação formal da intervenção militar que resultaria na anulação das eleições e substituição integral dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento termina reafirmando como objetivo político final impedir Lula de assumir presidência: “Lula não sobe a rampa”.

A Polícia Federal conclui no relatório que Braga Netto e seu entorno tinham clara intenção golpista ao tentar subverter o Estado Democrático usando interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição para legitimar essa ação ilegal.

Conclusão

A operação reforça os esforços das autoridades brasileiras para investigar tentativas ilegais contra as instituições democráticas. A participação direta ou indireta desses agentes evidencia riscos graves à estabilidade política nacional.

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