O programa Prato Cheio, criado pelo Governo do Amazonas, alcançou um marco histórico ao nomear pela primeira vez uma mulher indígena como supervisora de uma de suas unidades. Em São Gabriel da Cachoeira, município com a amazonas-fica-abaixo-da-media-nacional-no-indice-de-progresso-social-2025/” title=”… fica abaixo da média nacional no Índice de Progresso Social 2025″>maior população indígena do país e distante 852 quilômetros em linha reta de Manaus, Aldecimar Moura, da etnia tukano, assumiu a gestão do restaurante popular local. A escolha reforça a inclusão e representatividade dos povos originários nas políticas públicas estaduais.
Aldecimar Moura: Representatividade Indígena em São Gabriel da Cachoeira
Aldecimar Moura é integrante da etnia Tukano, uma das 23 que habitam São Gabriel da cachoeira. Para ela, liderar o restaurante popular vai além de administrar refeições; significa valorizar a identidade cultural e fortalecer o protagonismo indígena na região.
“Estar nessa função é muito importante para mim como mulher indígena e filha desta terra. Também representa para nosso município o reconhecimento da nossa identidade enquanto povo e demonstra um compromisso real com a diversidade e inclusão”, afirmou Aldecimar.
Atendimento humanizado com valorização cultural
A gestora destacou que o Prato Cheio funciona como um espaço acolhedor para toda comunidade local, especialmente para pessoas em situação vulnerável. “Aqui falamos três línguas além do português: Nheengatu, Tukano e Baniwa. Muitos usuários vêm de comunidades distantes; falar sua língua faz com que se sintam acolhidos e representados”,explicou Aldecimar Moura.
Ela ressaltou ainda seu compromisso em utilizar o idioma tukano no atendimento diário aos frequentadores do restaurante popular para promover um serviço mais humano e próximo das necessidades culturais dos indígenas.
O papel social do programa Prato Cheio no Amazonas
O Prato Cheio é gerido pela Secretaria de Estado da Assistência Social e Combate à Fome (Seas),em parceria com a Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico Social Ambiental (Aadesam). com 44 unidades distribuídas entre capital (18) e interior (26), o programa já serviu mais de 18 milhões de refeições entre 2019 e 2025.
Serviços oferecidos
O programa oferece dois tipos principais:
- Restaurantes populares: funcionam segunda a sexta-feira das 8h às 13h oferecendo refeições balanceadas por R$1.
- Cozinhas populares: operam segunda a sábado no mesmo horário oferecendo sopa gratuita junto com até um litro de alimento por pessoa atendida.
Além disso, algumas unidades contam com cantinhos da leitura onde os usuários podem acessar livros variados.Também são promovidas palestras sobre saúde, qualidade de vida além cursos voltados à qualificação profissional e empreendedorismo.
Inclusão social reforçada pela liderança feminina indígena
Para Lane Edwards, secretária executiva adjunta de Segurança Alimentar na Seas, nomear uma mulher indígena à frente dessa unidade representa avanço significativo na valorização dos povos originários dentro das políticas públicas estaduais voltadas à segurança alimentar.
“Ter aldecimar Moura supervisionando essa unidade é um marco importante para o Amazonas porque fortalece não só a representatividade mas também aproxima as ações governamentais das reais necessidades dessas comunidades”, destacou Lane Edwards.
A presença ativa dessa liderança reafirma o compromisso do Governo do Amazonas em promover diversidade cultural aliada ao desenvolvimento social sustentável nas regiões indígenas. A atuação direta nos serviços públicos contribui para ampliar direitos básicos como alimentação adequada respeitando costumes locais sem perder foco na inclusão social efetiva.
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