O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) planeja uma ampla reformulação no grupo responsável pela articulação política com o Congresso Nacional em 2026. As mudanças envolvem ministérios estratégicos e lideranças partidárias tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado Federal. A movimentação ocorre em meio à preparação para as eleições do próximo ano, quando pelo menos 19 ministros devem deixar seus cargos para disputar diferentes cargos eletivos.
Reformulação nos Ministérios e Lideranças Políticas
A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), deve deixar o cargo em abril para concorrer a uma vaga de deputada federal pelo Paraná. Para seu lugar, o nome mais cotado é o do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT), que atualmente exerce mandato como senador.A decisão final sobre essa substituição ainda depende do presidente Lula.
Outra mudança importante está prevista na Casa Civil: o ministro Rui Costa (PT) também deve sair para disputar uma cadeira no Senado pela Bahia. Até o momento, não há definição sobre quem assumirá a chefia da Casa Civil após sua saída.
Trocas nas lideranças do Congresso
Na Câmara dos Deputados, a liderança do PT deve ser deixada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). O deputado indicado para assumir essa posição é Pedro Uczai (PT-SC).
No Senado Federal, existe a possibilidade de substituição na liderança do governo com a saída de Jaques Wagner (PT-BA). Essa avaliação ainda está em andamento no Palácio do Planalto.
Ministros que Deixam os Cargos para Disputar Eleições
Ao todo, cerca de 19 ministros devem se afastar das funções governamentais em 2026 para concorrerem nas eleições majoritárias ou proporcionais.
Disputas majoritárias
Entre os nomes que podem disputar cargos majoritários estão:
- Geraldo Alckmin (PSB) – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio; pode tentar reeleição ao lado de Lula ou pleitear o governo paulista.
- Fernando Haddad (PT) – Ministério da Fazenda; pode coordenar campanha presidencial ou concorrer ao Senado por São Paulo.
- sidônio Palmeira – Comunicação Social; cotado para assumir comunicação da campanha presidencial.
Pré-candidatos ao governo estadual
Dois ministros são apontados como pré-candidatos aos governos estaduais:
- Renan Filho (MDB) – Transportes; Alagoas.
- Márcio França (PSB) – Empreendedorismo; São Paulo.
Candidaturas ao Senado federal
Diversos ministros pretendem disputar vagas no Senado:
- Simone Tebet (MDB) – Planejamento: Mato Grosso do Sul ou São Paulo.
- Anielle Franco (PT) – Igualdade Racial: Rio de Janeiro.
- Marina Silva (Rede) – Meio Ambiente: São Paulo.
- Alexandre Silveira (PSD) – Minas e Energia: Minas Gerais.
- Carlos Fávaro (PSD) – Agricultura: Mato Grosso.
- Silvio Costa Filho (Republicanos) – Portos e Aeroportos: Pernambuco.
- Rui Costa (PT) – Casa Civil: Bahia.
- André Fufuca – Esporte: Maranhão.
Disputas à Câmara dos Deputados
Outros ministros vão buscar cadeiras na Câmara dos Deputados:
- Luiz Marinho (PT) – Trabalho – São Paulo
- Sônia Guajajara (Psol) – Povos Indígenas – Maranhão
- Wolney Queiroz (PDT) – Previdência – Pernambuco
- André de Paula (PSD) – pesca – Pernambuco
- Paulo Teixeira (PT) – Desenvolvimento Agrário – São Paulo
- Jader Filho (MDB) – Cidades – Alagoas
– Gleisi Hoffmann( PT )- Relações Institucionais- Paraná
conclusão
As movimentações políticas previstas refletem um cenário dinâmico dentro das estruturas governamentais brasileiras às vésperas das eleições gerais de 2026. Com diversas trocas nos ministérios estratégicos e nas lideranças partidárias tanto na Câmara quanto no Senado, espera-se que essas mudanças impactem diretamente as articulações políticas entre Executivo e Legislativo nos próximos anos.
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