sexta-feira, outubro 24, 2025
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Ministério Público e CRM investigam caso de erro médico que deixou engenheira em coma

O Ministério Público de Minas Gerais e o Conselho Regional de Medicina investigam uma denúncia de suposto erro médico envolvendo a engenheira de produção Letícia de Sousa Patrus Pena,31 anos,que está em coma no Hospital Mater Dei Contorno,em Belo Horizonte.A paciente teria sofrido complicações após receber aplicações do anestésico cloridrato de ropivacaína na residência da médica anestesista Natália Peixoto de Azevedo Kalil, amiga da família.

Procedimento realizado fora do ambiente hospitalar

De acordo com Flávia Bicalho de Sousa, mãe de Letícia, a médica aplicou três medicamentos na casa dela, localizada em nova Lima. O uso do anestésico cloridrato de ropivacaína nesse local contraria as recomendações do fabricante, que exige administração apenas em ambientes clínicos com monitoramento adequado.Após o segundo procedimento realizado no dia 20 de setembro de 2024, Letícia sofreu uma parada cardiorrespiratória que resultou em hipóxia cerebral e danos neurológicos graves.

Queixa-crime e pedido ao Conselho Regional

Em dezembro do ano passado, a família protocolou uma queixa-crime no Ministério Público para apurar a suposta tentativa de homicídio com dolo eventual por parte da médica Natália. Segundo Flávia, “Natália sabia dos riscos sérios à vida da minha filha e mesmo assim assumiu esse risco”. Além disso, foi solicitado ao Conselho Regional a cassação do registro profissional da anestesista.

Histórico clínico antes das aplicações

Antes das injeções aplicadas por natália e outros médicos que desaconselharam cirurgia recomendada por um ortopedista para tratar dores nas costas causadas pela síndrome congênita conhecida como síndrome de Bertolotti – diagnosticada por um neurologista – Letícia passou pela primeira aplicação no dia 25 agosto. Na ocasião apresentou queda na pressão arterial mas se recuperou sem maiores problemas.

Relatório médico aponta falhas graves no atendimento

Segundo o relatório emitido pelo Hospital Mater Dei Nova lima, Letícia deu entrada apresentando vômitos e perda dos sinais vitais. Durante sua internação houve uma parada cardiorrespiratória prolongada por cerca 18 minutos dentro da unidade hospitalar. A falta imediata acionamento dos serviços emergenciais também foi criticada pela família: “Natália não chamou nem ambulância nem Samu; o transporte foi feito sem condições para manobras adequadas”,relatou Flávia.

Impacto financeiro e transferência hospitalar

Os custos estimados pelo tratamento já ultrapassam R$ 500 mil até o momento. Após os primeiros atendimentos em Belo Horizonte ela foi transferida para o Hospital albert Einstein em São Paulo onde permaneceu internada durante dois meses sem apresentar melhora significativa antes retornar à capital mineira.

Conclusão

O caso segue sob investigação pelas autoridades competentes enquanto familiares buscam justiça diante das consequências graves enfrentadas por Letícia após procedimentos realizados fora das condições recomendadas pelos fabricantes dos medicamentos utilizados.

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