O Brasil apresenta uma divisão quase equilibrada entre quem consome e quem evita bebidas alcoólicas, segundo pesquisa Datafolha realizada entre 8 e 11 de abril de 2024. O levantamento ouviu 1.912 adultos em 113 municípios do país,revelando que 51% dos brasileiros afirmam beber álcool,enquanto 49% declaram não consumir a substância. A pesquisa considerou apenas pessoas com 18 anos ou mais, idade mínima para o consumo legal no país, e tem margem de erro de dois pontos percentuais.
Perfil do mulheres-apos-show-em-manaus/” title=”Advogado revela pormenores sobre agressão a … após show em Manaus”>consumo de álcool no Brasil
Entre os consumidores, a maioria demonstra uma tendência à redução do consumo: 53% afirmam ter diminuído a ingestão no último ano, enquanto 35% mantêm o mesmo padrão e apenas 12% aumentaram o consumo. Na semana anterior à pesquisa, a média foi de aproximadamente quatro doses e meia por pessoa – considerando dose como um copo, lata, taça ou drinque.
Quantidade consumida na última semana
Os dados indicam variações significativas na quantidade ingerida:
- 10% beberam 11 doses ou mais;
- 13% consumiram entre seis e dez doses;
- 16% tomaram entre três e cinco doses;
- 19% até duas doses;
- Enquanto isso, um expressivo grupo de consumidores (36%) não ingeriu álcool na semana anterior à pesquisa;
- E ainda há aqueles que preferiram não responder (5%).
Frequência semanal do consumo
Quanto à frequência da ingestão alcoólica:
- Apenas 3% bebem diariamente ou quase todos os dias (5 a 7 vezes por semana);
- Outros 3% consomem três a quatro vezes por semana;
- A maior parte dos consumidores (20%) bebe uma ou duas vezes por semana;
- Cerca de 10%, uma vez a cada quinze dias;
- E cerca de um terço bebe raramente: uma vez ao mês ou menos (13%).
Apesar dessas variações no volume e frequência do consumo, é relevante destacar que para muitos o uso está dentro da percepção considerada adequada: cerca de 81 % acreditam consumir álcool na medida certa, enquanto somente um percentual menor admite exageros – sendo que 11 % reconhecem beber mais do que deveriam e 7 % muito mais.
consumo por faixa etária e gênero
A análise demográfica mostra diferenças claras conforme idade e sexo.
Consumo conforme faixa etária
O grupo com maior proporção declarada é o dos jovens adultos entre 18 e 34 anos: neste segmento, cerca de 58 % dizem consumir bebidas alcoólicas. Essa taxa diminui progressivamente nas faixas seguintes:
- Entre pessoas com idade entre 35 a 44 anos, são 55 % os consumidores;
- De 45 aos 59 anos, cai para 46 %;
- E acima dos 60 anos, apenas 35 % continuam bebendo.
Além disso, jovens com idades entre 16 e 17 anos foram avaliados separadamente nesta pesquisa – nesse grupo específico houve registro significativo: aproximadamente 27 % disseram consumir bebidas alcoólicas.
Dados complementares indicam ainda que o início precoce desse hábito vem crescendo nas gerações recentes: segundo consultoria Go Magenta,
– 28 % da geração X,
– 37 % dos millennials,
– 48 % da geração Z começaram a beber antes dos dezessete anos.
diferenças entre homens e mulheres
A disparidade também se manifesta pelo gênero.Entre os homens entrevistados,
– 58 % afirmaram consumir álcool,
enquanto essa proporção cai para
– 42 % das mulheres.
Além disso,
– Cerca de 10 %%% dos homens bebem três vezes ou mais por semana
contra apenas
– 2 %%% das mulheres nessa mesma frequência.
No quesito autocrítica sobre exageros no consumo,
– Os homens são mais conscientes desse comportamento problemático (21%) em comparação às mulheres (14%).
entre aqueles que não bebem atualmente,
– Mais da metade dos homens (61%) já consumiu bebida alcoólica em algum momento da vida,
enquanto esse índice é menor nas mulheres (40%).
Motivações para evitar o álcool
Para quem opta pela abstinência total ao álcool as razões principais estão relacionadas principalmente à saúde:
– Cerca de 34 %%% citam motivos ligados à saúde como principal razão para não beber;
seguido pelo desagrado ao sabor (21 %%);
motivos religiosos (13 %%);
histórico familiar relacionado à dependência (8 %%);
medo próprio quanto ao desenvolvimento dessa condição (7 %%);
e incômodo com comportamentos associados aos bebedores (7 %%).
Religiosamente falando,
– A maioria absoluta dos evangélicos (73 %) evita totalmente bebidas alcoólicas,
ao passo que
– Entre católicos esse número é inverso – sendo
aproximadamente
**
58 %
dos fiéis declarando ser consumidores regulares.
Impacto da renda sobre o hábito
Outro fator importante identificado foi relação direta entre renda mensal familiar bruta declarada pelos entrevistados com maior probabilidade ao consumo regular:
–
Até dois salários mínimos – somente
43 %
bebem;
–
De dois até cinco salários mínimos – sobe para
54 %
–
De cinco até dez salários mínimos – alcança pico em
64 %
–
Acima dessa faixa (>10 salários) ocorre leve queda relativa:
59 %
Alerta mundial sobre riscos associados ao uso
Desde seu posicionamento oficial em 2022,
a Organização mundial da Saúde reforça alerta fundamental:
não existe quantidade segura quando se trata do uso regular ou eventual do álcool.
estudos científicos associam mesmo níveis moderados às doenças crônicas graves como hipertensão arterial sistêmica,
depressão clínica,
envelhecimento cerebral acelerado além diversos tipos cânceres incluindo câncer mamário feminino.
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