na manhã desta terça-feira (27), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deixou uma audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado após intensos debates com senadores, especialmente Omar Aziz (PSD-AM) e Plínio Valério (PSDB-AM). A discussão girou em torno da pavimentação da BR-319, rodovia que conecta Manaus (AM) a Porto Velho (RO).
O senador omar Aziz criticou duramente a atuação de Marina Silva à frente do ministério. Ele responsabilizou a falta de asfaltamento da BR-319 por mortes ocorridas durante a pandemia de Covid-19 em Manaus devido à escassez de oxigênio. Aziz declarou: “A senhora não é mais ética do que ninguém. A senhora está atrapalhando o desenvolvimento do nosso país. Tem mais de 5 mil obras paradas no Brasil”.
Durante o embate, Plínio Valério também se destacou ao recusar-se a pedir desculpas por declarações anteriores nas quais expressou vontade de “enforcar” a ministra. Ele afirmou que Marina Silva “não merece respeito como ministra”, provocando uma resposta contundente dela, que o chamou de “psicopata” por incitar violência contra uma mulher.
Diante das ofensas e da atmosfera hostil na audiência, marina Silva optou por deixar o local antes do término dos trabalhos. A ministra já havia enfrentado críticas anteriormente devido à sua postura cautelosa em relação à pavimentação da BR-319, defendendo estudos ambientais rigorosos antes que qualquer decisão sobre a obra fosse tomada.
Esse debate ilustra as tensões entre as necessidades de infraestrutura na região amazônica e as preocupações com preservação ambiental. Enquanto os parlamentares amazonenses pressionam pela pavimentação para integrar melhor o estado ao restante do Brasil, o Ministério do meio Ambiente alerta sobre os riscos ambientais associados ao projeto.
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