O presidente da França, Emmanuel Macron, pode formar uma aliança com a coalizão de esquerda para enfrentar o partido de extrema direita Reunião nacional (RN), liderado por Marine Le Pen, nas eleições legislativas. No primeiro turno, a esquerda ficou em segundo lugar, enquanto o campo presidencial de Macron terminou em terceiro. O segundo turno está marcado para o próximo domingo (7/7) e promete ser decisivo para definir a nova composição da Assembleia Nacional.
Aliança entre Macron e a esquerda contra a extrema direita
O atual primeiro-ministro Gabriel Attal, aliado do presidente Macron, anunciou que os candidatos do campo presidencial que ficaram em terceiro lugar no primeiro turno vão se retirar em várias regiões para impedir o avanço do RN. Essa estratégia visa bloquear o crescimento da extrema direita no país. Contudo, essa retirada será condicionada à exclusão de candidatos ligados à esquerda radical; apenas moderados serão aceitos nessa negociação.
Apoio da liderança da esquerda
Jean-Luc Mélenchon, líder dos partidos de esquerda na França, declarou que seus grupos estão dispostos a abrir mão dos seus candidatos no segundo turno caso um nome apoiado por Macron tenha mais chances contra o RN. Ele enfatizou: “Nem um voto nem mais uma cadeira para o RN”,reforçando a união contra os extremistas.
Resultados do primeiro turno e participação eleitoral
No primeiro turno das eleições legislativas francesas, Marine Le Pen e seus aliados conquistaram 33,2% dos votos válidos.A Nova Frente Popular ficou com 28,1%, seguida pelo campo presidencial com 21%.A participação eleitoral foi expressiva: cerca de 65,8% dos eleitores compareceram às urnas – um aumento significativo em relação às últimas eleições.
Contexto das eleições legislativas na França
As votações definem os 577 deputados que comporão a Assembleia Nacional após sua dissolução pelo presidente Emmanuel Macron no dia 9 de junho deste ano. Essa decisão ocorreu logo após as vitórias expressivas da extrema direita nas recentes eleições europeias.
Sistema político francês
A França adota um sistema semipresidencialista onde há tanto um presidente eleito diretamente quanto um primeiro-ministro indicado pela maioria parlamentar. Caso esses dois cargos sejam ocupados por partidos diferentes ocorre uma situação chamada “coabitação”, fenômeno raro na história política francesa – registrado apenas três vezes até hoje.
Essas movimentações políticas são acompanhadas atentamente não só pela população francesa como também pelos observadores internacionais interessados nos rumos democráticos do país europeu.
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