O jovem Gleidson da Silva Baptista, de 22 anos, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça após ser preso por engano em Carapicuíba, na Grande São Paulo. Ele foi confundido com um ladrão envolvido em um roubo ocorrido no dia 30 de outubro e permaneceu detido por dez dias no Centro de Detenção Provisória de Itapecerica da Serra. Apesar da soltura na última sexta-feira (8), Gleidson ainda responderá ao processo e deve comparecer à audiência marcada para 3 de dezembro.
Liberdade provisória concedida após prisão equivocada
Gleidson foi detido sob a acusação de participação em um assalto a uma moto que ocorreu quando dois criminosos fugiram a pé pelo bairro onde ele mora. A vítima do roubo identificou o jovem como suspeito apenas pela cor da blusa que usava, semelhante à dos assaltantes, mesmo sem conseguir ver seus rostos devido aos capacetes usados pelos criminosos. Esse reconhecimento visual foi o único motivo para sua prisão.
Condições durante a detenção e apoio da defesa 
Durante os dez dias em que esteve preso no Centro de Detenção provisória, Gleidson passou por condições difíceis, alimentando-se apenas com pão e água conforme relato da defesa. Após ser liberado mediante liberdade provisória, ele aguarda o julgamento enquanto tenta retomar sua rotina normal. A defesa destaca que o jovem possui dificuldades de aprendizado que dificultam sua leitura e escrita e não tem antecedentes criminais.
Audiência marcada para confrontar versões
A próxima audiência será basic para esclarecer os fatos envolvendo Gleidson. Segundo seu advogado, será uma oportunidade para confrontar as versões apresentadas pelos policiais com as provas documentais e vídeos coletados pela defesa. Na ocasião estão previstos depoimentos dos policiais envolvidos na prisão, da vítima do roubo e das testemunhas favoráveis ao acusado; além disso, Gleidson também prestará seu interrogatório.
Vídeo traz nova perspectiva sobre o caso
Um vídeo gravado pela cunhada do jovem acrescentou um elemento importante à investigação: nele aparece a mãe de um dos supostos assaltantes admitindo que seu filho está escondido das autoridades. Ela afirma que “meu filho não citou o nome dele” ao se referir ao incidente ocorrido na rua onde ambos estavam presentes no momento do crime - reforçando assim a tese de erro policial na identificação.
contexto do crime ocorrido em Carapicuíba
No dia 30 de outubro dois homens roubaram uma moto enquanto um homem buscava sua esposa no trabalho. Após o furto houve perseguição policial até os suspeitos abandonarem o veículo próximo ao bairro residencial onde vive Gleidson com sua família. Imagens mostram os assaltantes correndo naquela mesma rua; entretanto, testemunhas confirmaram que naquele instante Gleidson estava conversando com conhecidos em frente à casa dele.
Situação atual e perspectivas futuras
Com dificuldades educacionais reconhecidas oficialmente e sem histórico criminal anterior, Gleidson busca reconstruir sua vida enquanto aguarda desfecho judicial sobre essa acusação injusta baseada unicamente numa identificação duvidosa feita pela vítima do roubo.
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