Suspeito diz ter usado marreta e faca no crime; padre foi encontrado morto após desaparecer.
Um jovem de 18 anos, Leanderson de Oliveira Júnior, foi detido após confessar em depoimento à Polícia Civil que matou o padre Alexsandro da Silva Lima, de 43, após ser forçado a praticar sexo oral. Ele afirmou ter usado uma marreta e uma faca para cometer o assassinato e, em seguida, roubou o veículo Jeep Renegade com a intenção de vender por R$ 40 mil no Paraguai.
Segundo a polícia, Leanderson relatou que conheceu o padre por meio do ex-cunhado. Ele contou que o religioso costumava se aproximar de jovens em Mato Grosso do Sul e se apresentava apenas como Alex. De acordo com o depoimento, o padre abordava estudantes na porta da escola e oferecia pequenas quantias em dinheiro para encontros.
Desaparecimento levantou alerta da família
A família do padre percebeu o desaparecimento após tentar falar com ele e ouvir de uma mulher que o celular havia sido encontrado em um terreno baldio perto do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul). O filho da mulher identificou o aparelho pelo símbolo religioso e relatou que um Jeep Renegade circulava na área procurando o telefone.
A polícia foi até o local e encontrou o veículo com Leanderson, João e duas adolescentes.
Corpo foi localizado após confissão
Enquanto uma equipe abordava o grupo, outra realizava perícia na casa da vítima e identificava sinais de violência e sangue. Confrontado, Leanderson revelou onde estava o corpo. Ele citou ainda o amigo, um adolescente de 17 anos, que confirmou ter estado na casa, mas negou participação direta no homicídio. O jovem disse que apenas limpou o rosto da vítima antes de ser deixado em uma conveniência e que se recusou a ajudar na ocultação do corpo. Ele também afirmou que Leanderson pretendia ficar com o carro.
Prisões e apreensões
O delegado autuou Leanderson em flagrante por latrocínio, ocultação de cadáver e fraude processual. João Victor foi preso por furto, ocultação de cadáver e fraude. O adolescente de 17 anos foi apreendido por ato infracional análogo ao crime de latrocínio. As duas meninas, de 16 e 17 anos, também foram apreendidas por atos infracionais análogos a furto, ocultação de cadáver e fraude.
A Polícia Civil representou pela conversão das prisões em preventivas e pela manutenção das medidas socioeducativas.
*Com informações do Metrópoles
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