sexta-feira, abril 18, 2025
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Inovação em Tecnologia Social Fortalece o Manejo Sustentável do Pirarucu na Amazônia

A Fundação Amazônia Sustentável (FAS), em colaboração com o instituto Mamirauá, promoveu um Workshop de Compartilhamento de Tecnologia Social em março de 2025. O evento impactou 81 manejadores de três comunidades localizadas na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá, no interior do Amazonas.

Durante o workshop,os participantes trocaram experiências sobre a construção e gestão de unidades flutuantes destinadas ao beneficiamento do pirarucu. Os temas abordados incluíram desde a concepção dos projetos até questões como documentação,aquisição de materiais e manutenção das estruturas.

Essa iniciativa faz parte do projeto “Sistema de rastreabilidade: inovação e inteligência de mercado na cadeia produtiva do pirarucu da RDS Mamirauá”, que conta com recursos da empresa Positivo Tecnologia através do Programa Prioritário de Bioeconomia (PPBio). A ação é uma política pública coordenada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) em parceria com o Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam).

Wildney Mourão, gerente do Programa de Empreendedorismo e Negócios Sustentáveis da FAS, destacou os benefícios trazidos pela infraestrutura para os manejadores: “O maior ganho é a melhoria na qualidade do pescado. Com as boas práticas sanitárias implementadas nas unidades flutuantes, garantimos condições adequadas durante todo o processo”, afirmou Mourão.

A parceria entre a FAS e o Instituto Mamirauá começou em dezembro de 2024 com um Termo para Compartilhamento Técnico. O Instituto já desenvolveu tecnologias sociais voltadas para o manejo sustentável do pirarucu ao longo dos seus 30 anos atuando na região. Até agora, foram construídos três flutuantes que fortalecem essa cadeia produtiva local.

Ana Izel, analista da FAS, enfatizou a importância dessa união: “Estamos combinando empreendedorismo com conhecimento técnico acumulado ao longo das décadas. Essa convergência não só acelera soluções frente aos desafios amazônicos como também permite replicação dessas iniciativas”, explicou.Os conhecimentos adquiridos no workshop serão aplicados na construção futura de um novo flutuante destinado ao pré-beneficiamento do pirarucu na comunidade Santa Luzia do Jussara. As comunidades São Francisco da Mangueira e Catite também se beneficiarão dessa nova estrutura.

Maria Cecília Gomes, analista do Instituto Mamirauá, ressaltou que as trocas realizadas durante o evento foram valiosas: “Compartilhamos nossa experiência sobre todos os aspectos envolvidos nos flutuantes – desde a concepção até treinamentos pós-projeto”, concluiu Gomes.

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