sábado, julho 26, 2025
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Indústria adota plano para enfrentar seca severa

Manaus (AM) – Diante da aproximação da seca severa dos rios na Região Norte, o Centro de Indústria do Estado do Amazonas (CIEAM) anunciou que vem adotando medidas preventivas para evitar impactos graves na produção e na logística industrial.

O anúncio foi feito durante encontro com a imprensa na tarde desta quarta-feira (24), em Manaus, com a manaus-apreensao-de-espingardas-e-drogas-revela-informacoes-importantes/” title=”Operação Policial …: Apreensão de Espingardas e Drogas Revela Informações Importantes”>presença do presidente do Conselho Superior do CIEAM, Luiz Augusto Rocha, e do presidente executivo, Lúcio Flávio.

Indústria aposta em articulação técnica e antecipação logística

Segundo Luiz Augusto Rocha, a entidade tem atuado fortemente nas Comissões de Logística e nos fóruns federais para alertar sobre as peculiaridades da Amazônia no cenário nacional. “Temos levado essa realidade além da enseada do Marapatá, porque muitos tomadores de decisão sequer compreendem as dificuldades da nossa logística”, pontuou.

Entre as ações práticas, o conselho mobilizou universidades e especialistas técnicos para construir soluções em conjunto com o setor público. O CIEAM também reforçou a necessidade de maior presença do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e outros órgãos federais na região.

“Não dá para fazer política pública com orçamento zero. Precisamos de um capítulo específico sobre a Amazônia no Plano Nacional de Logística”, cobrou.

Portos privados estão prontos para operar em baixa vazão

Luiz Augusto, presidente executivo, afirmou que os portos privados de Itacoatiara estão prontos para garantir o abastecimento.

“Caso seja necessário, vamos adotar o mesmo plano do ano passado. Em Itacoatiara, o navio transbordo alivia a carga para que ela chegue aos portos privados. Essa operação, que virou um case de sucesso mundial pela Receita Federal, será mantida. Além disso, desde a seca de 2023, as indústrias mudaram a modelagem logística. Com as previsões das mudanças climáticas e a possibilidade de antecipar os píeres avançados nos dois portos, não prevemos problemas no abastecimento de insumos ou no mercado nacional de produtos acabados. A Capitania dos Portos realizará um evento sobre o tema no dia 29 de agosto”, explicou.

Apesar do planejamento, ele criticou a falta de uma solução federal e disse que o período seco no Amazonas precisa ser discutido com mais frequência.

“O setor privado faz sua parte, mas é inaceitável que os mesmos problemas se repitam ano após ano sem um plano federal consistente”, declarou.”O setor privado está fazendo sua parte, mas é inaceitável que os mesmos problemas se repitam ano após ano sem um plano federal consistente”, afirmou.

Exportações e BR-319 também estiveram na pauta

Durante a coletiva, o conselho também abordou outros temas relevantes. Destacou a necessidade de avançar nas exportações pelo porto de Itacoatiara, que ainda enfrenta limitações logísticas. Além disso, trouxe a BR-319 como exemplo de infraestrutura essencial que permanece negligenciada há décadas.

Rocha foi enfático ao afirmar que o Amazonas precisa ser tratado com mais equidade pelo Governo Federal.

“Não estamos pedindo favor. Estamos cobrando o que é nosso por direito. O Amazonas é um repassador líquido de recursos para a União, mas seguimos recebendo muito menos do que contribuímos”.

Tarifaço dos EUA pode não afetar diretamente a ZFM

Questionado sobre os impactos das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, segundo a entidade, até o momento, a indústria da Zona Franca de Manaus não deve sofrer impactos diretos significativos.

“As cadeias mais afetadas pelas medidas americanas não têm grande presença na estrutura produtiva da nossa indústria. Contudo, estamos atentos, porque vivemos em uma economia interligada, e efeitos indiretos podem surgir”, explicou.

Ainda assim, o CIEAM mantém diálogo com o Governo Federal e acompanha o andamento das tratativas com o governo norte-americano, especialmente por meio da Secretaria da Fazenda do Amazonas.

CIEAM cobra mais presença política em Brasília

O conselho também aproveitou o encontro com jornalistas para criticar a falta de prioridade dada à Amazônia nos fóruns nacionais. Rocha destacou a importância de levar mais informação sobre a região a Brasília e aos centros decisórios do país.

“Quem decide política pública muitas vezes nunca pisou em Manaus. Precisamos romper essa bolha”, afirmou.

Para isso, o CIEAM tem investido em press-trips com a mídia nacional, publicações em parceria com instituições como a FGV e atuação ativa em entidades como CNI, FIESP e ABIT.

Leia mais:

CIEAM promove Fórum de Logística em Manaus com foco no risco de seca nos rios

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