A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Amazonas alcançou a marca de R$ 5,52 bilhões no primeiro quadrimestre de 2025.Esse montante representa um crescimento nominal de 17,27% em comparação ao mesmo período do ano anterior, quando a receita foi de R$ 4,70 bilhões. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas (Sefaz-AM).
Apesar desse avanço anual significativo, houve uma queda na arrecadação em abril, que apresentou uma diminuição nominal de 4,96% em relação ao mês anterior.
O setor industrial se destacou como o principal responsável por esse crescimento na arrecadação.A contribuição da indústria durante o quadrimestre totalizou R$ 2,60 bilhões, um aumento considerável em relação aos R$ 1,99 bilhão registrados no mesmo período do ano passado — uma diferença superior a R$ 600 milhões.
Empresas como Cigás, Samsung e Moto Honda foram fundamentais para esse desempenho positivo. Emerson Queirós, presidente do Sindicato dos Fazendários do Amazonas (SIFAM), acredita que o setor industrial deve se consolidar como o mais relevante na arrecadação estadual ao longo deste ano.
Queirós também mencionou que “é possível que a indústria de gás assuma definitivamente a dianteira na economia do Amazonas”, impulsionada pelo aumento da demanda e pela expansão da rede de gasodutos.
Outro fator importante para os resultados positivos foi o crescimento médio da demanda por gás natural no estado — que subiu 4,8% durante o quadrimestre.De acordo com informações da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), a média diária consumida pelo setor comercial atingiu cerca de 6.600 metros cúbicos.
Além disso, a indústria eletroeletrônica — maior segmento dentro do Polo Industrial de Manaus (PIM) — também contribuiu significativamente para essa expansão econômica. As projeções indicam um aumento entre 5% e 10% na produção ao longo deste ano nos segmentos relacionados à tecnologia e bens eletrônicos.
Entretanto,representantes do SIFAM alertam sobre os desafios enfrentados pelo estado: é necessário diversificar ainda mais sua economia e fortalecer as infraestruturas logísticas para garantir uma produção competitiva no mercado internacional.
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