sábado, agosto 2, 2025
InícioAmazonasPolíticaHaddad descarta retaliação dos EUA e prioriza proteção à indústria

Haddad descarta retaliação dos EUA e prioriza proteção à indústria

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta-feira (1º) que o governo federal não pretende adotar medidas de retaliação contra os Estados Unidos, em resposta ao aumento das tarifas sobre produtos brasileiros. Segundo Haddad, o foco será em ações para proteger a indústria e o agronegócio nacionais, buscando atenuar os impactos do chamado “tarifaço” imposto pelo presidente Donald Trump.

Em entrevista a jornalistas no Ministério da Fazenda, o ministro ressaltou que o termo “retaliação” não faz parte do discurso do governo.

“Não houve desistência porque essa decisão não foi tomada. São ações de proteção da soberania, da indústria e do agronegócio. Reagimos a uma ação injustificável, mas não com retaliação”, explicou Haddad.

O ministro indicou que o governo brasileiro não pretende aplicar a lei da reciprocidade, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril, que prevê contramedidas em casos de retaliações comerciais externas.

Sobre o decreto assinado por Trump na quarta-feira (30), que elevou a alíquota para 50% sobre produtos brasileiros, Haddad afirmou que, apesar do impacto, a lista de cerca de 700 exceções para setores estratégicos, como aeronáutico, energético e parte do agronegócio, amenizou a medida.

“O decreto, com as exceções, foi melhor que o esperado, embora haja casos dramáticos”, avaliou.

De acordo com o vice-presidente Geraldo Alckmin, cerca de 35,9% das exportações brasileiras para os EUA serão diretamente afetadas pela tarifa. Alckmin explicou que 45% dos produtos foram retirados da lista de aumento, enquanto produtos como aço, alumínio, automóveis e autopeças mantêm as alíquotas anteriores.

Para minimizar os efeitos, Haddad revelou que o governo está finalizando um pacote de apoio aos setores prejudicados, com medidas voltadas à proteção de empregos e incentivo à indústria e à agricultura.

“Junto com o vice-presidente, estamos encaminhando ao Palácio do Planalto as primeiras medidas, para que o presidente decida quando lançá-las. A partir da próxima semana, poderemos implementar as ações de proteção”, disse o ministro.

Leia mais:

Para ficar por dentro de outras notícias e receber conteúdo exclusivo do portal EM TEMPO, acesse nosso canal no WhatsApp. Clique aqui e junte-se a nós! 🚀📱

ARTIGOS RELACIONADOS
- Anuncio -

Mais populares