A médica escocesa Lesley Coia, de 27 anos, venceu um processo judicial contra seu chefe após denunciar repetidas perguntas sobre uma possível gravidez como forma de assédio moral e discriminação. O caso ocorreu em 2023 na empresa onde ela trabalhava, e a Justiça reconheceu que os comentários do diretor foram discriminatórios. Lesley recebeu uma indenização de 6 mil euros, equivalente a cerca de R$ 44 mil.
Processo judicial reconhece discriminação
Lesley Coia relatou que Gareth Hughes, diretor da empresa, questionou diversas vezes se ela estava grávida.A primeira abordagem aconteceu em julho de 2023, quando a médica mencionou ter uma “surpresa para contar”. Na ocasião, o chefe perguntou diretamente sobre a gravidez e chegou a sugerir que poderia ajudar para que isso acontecesse. Mesmo após negar as insinuações, Hughes continuou insistindo no assunto nos dias seguintes.
Repercussão do assédio
Sentindo-se constrangida e incomodada com as atitudes do superior – que chegaram ao ponto de oferecer ajuda para engravidar – Lesley decidiu pedir demissão e ingressar com ação judicial por danos morais e possível assédio sexual. Em entrevista ao portal britânico The Scottish Sun, ela afirmou ter ficado “envergonhada” com os comentários repetidos.
Lesley também destacou sua indignação pelo fato de o diretor acreditar poder agir dessa forma por ser dono da empresa: “Os comentários foram bastante desagradáveis, mas me irrita que ele e outros pensem que podem simplesmente se safar das coisas porque são os donos”, disse.
Decisão da Justiça
Em outubro deste ano, o tribunal concluiu que houve discriminação contra Lesley Coia ao considerar improvável que um funcionário homem fosse abordado daquela maneira pelo mesmo motivo. A juíza responsável pelo caso entendeu que os comentários feitos pelo chefe configuraram tratamento desigual baseado no gênero da médica.
Durante o julgamento,Gareth Hughes alegou preocupação com a saúde e segurança da funcionária como justificativa para suas perguntas insistentes sobre gravidez e mencionou querer avaliar riscos laborais relacionados à condição gestacional.
Apesar dos argumentos apresentados pela defesa do diretor da empresa, a decisão foi favorável à médica escocesa. Ela recebeu indenização no valor correspondente a seis mil euros (aproximadamente R$ 44 mil) pelos danos morais sofridos durante o período em questão.Impacto pessoal para Lesley Coia
Sobre o desfecho do processo judicial contra seu ex-chefe discriminatório,Lesley afirmou: “Isso se arrastou por muito mais tempo do que deveria”,mas ressaltou sentir-se agora não apenas justificada como também fortalecida diante da situação enfrentada no ambiente profissional.
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