terça-feira, outubro 28, 2025
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Funcionária recebe R$ 44 mil após chefe fazer comentários discriminatórios

A médica escocesa⁢ Lesley Coia, de 27 anos, venceu um processo judicial contra seu chefe após denunciar repetidas ‌perguntas sobre uma possível gravidez como forma de assédio moral‌ e discriminação. O caso ocorreu em 2023 na empresa onde ela trabalhava, e a ‍Justiça reconheceu que os comentários⁢ do diretor foram⁢ discriminatórios. Lesley ‌recebeu uma indenização de 6 mil​ euros, equivalente a cerca de R$ 44​ mil.

Processo judicial reconhece discriminação

Lesley Coia relatou que Gareth⁣ Hughes, diretor da empresa, questionou⁤ diversas vezes se ela estava grávida.A primeira‌ abordagem aconteceu em julho de 2023, quando a médica mencionou ter uma “surpresa para contar”. Na ‌ocasião, o chefe perguntou diretamente sobre a gravidez e chegou a sugerir‌ que poderia ajudar para que isso‍ acontecesse. ⁣Mesmo após negar as insinuações, Hughes continuou insistindo no assunto nos dias seguintes.

Repercussão do assédio

Sentindo-se constrangida‍ e incomodada com as atitudes do superior – que chegaram ao ponto de oferecer ajuda para ​engravidar – Lesley⁣ decidiu pedir demissão e ingressar com ação⁤ judicial ‍por danos morais e possível assédio sexual. Em entrevista ao portal britânico The ⁣Scottish Sun, ela afirmou​ ter ficado “envergonhada” com os comentários repetidos.

Lesley também destacou sua indignação pelo fato de ‍o diretor acreditar poder agir⁤ dessa ‌forma por ser​ dono da empresa: “Os comentários foram bastante desagradáveis, ‍mas me irrita que ele e outros pensem que podem simplesmente se safar das ‍coisas‍ porque são os donos”, disse.

Decisão da Justiça

Em outubro deste⁢ ano, o tribunal‍ concluiu que houve discriminação contra Lesley Coia ao considerar improvável que um funcionário homem fosse ‌abordado daquela maneira pelo mesmo motivo. A⁢ juíza responsável pelo caso ‍entendeu que os comentários ⁢feitos pelo chefe​ configuraram⁣ tratamento‍ desigual baseado no gênero da médica.

Durante o julgamento,Gareth Hughes alegou preocupação com a saúde e segurança da funcionária ⁣como justificativa para suas perguntas insistentes sobre gravidez‍ e mencionou querer avaliar riscos laborais relacionados ⁤à condição gestacional.

Apesar dos argumentos ⁤apresentados pela defesa do diretor​ da ⁢empresa, ⁣a decisão foi favorável à médica escocesa. Ela ⁣recebeu indenização no⁤ valor correspondente a seis‍ mil⁤ euros (aproximadamente R$ 44 mil) pelos danos morais ​sofridos durante o período em questão.Impacto pessoal para Lesley Coia

Sobre o⁢ desfecho do processo judicial contra ⁣seu​ ex-chefe discriminatório,Lesley afirmou: “Isso se arrastou por muito⁣ mais ‍tempo do ‌que ⁣deveria”,mas ressaltou sentir-se agora não apenas justificada como também fortalecida diante da situação enfrentada no ambiente profissional.


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