A abertura da exposição individual “Sesá Ixé: Olhar Eu”, da artista visual manauara Auá Mendes, transformou a noite de quarta-feira (9) em um potente encontro de arte, identidade e ancestralidade na Galeria do Largo, no Centro Histórico de Manaus.
A mostra integra a programação especial que comemora os 20 anos do Centro de Artes Visuais da Galeria do Largo, um dos principais espaços expositivos da capital amazonense. É uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, com apoio da Converse Brasil e curadoria de Cléia Viana e Vera Nunes.
Reconexão com origens e territórios afetivos
Assinada por Auá Mendes, radicada em São Paulo, a exposição propõe um olhar íntimo e coletivo, onde o “eu” (ixé, em Nheengatu) se torna ponto de reconexão com ancestralidades e territórios simbólicos.
“Essa exposição nasce de um desejo e um sonho que era fazer minha primeira individual. Eu tive um outro sonho que era trazê-la para minha cidade, de onde eu nasci, né? Então fazer parte disso acaba sendo uma concretização desses sonhos e dessas vivências nas quais eu fiz parte”, afirma Auá.
O público também compartilhou impressões emocionadas. A estudante Yasmin Vieira se encantou com cores, representações e a força ancestral.
“Esse é o convite que a exposição traz para a gente: vamos atrás das nossas ancestralidades. A gente está na cidade, mas isso não separa a gente dos povos da floresta, dos quilombolas. Está tudo conectado”, destacou.
Arte como resistência e memória
Mais do que uma celebração artística, “Sesá Ixé” reafirma a arte como instrumento de escuta, pertencimento e resistência. Com nove anos de carreira entre design e artes visuais, Auá Mendes pretende levar a mostra a outros estados do Brasil — e, quem sabe, ao mundo.
A exposição fica em cartaz até 14 de setembro, na Galeria do Largo (rua Costa Azevedo, 290, Centro). A visitação é gratuita, de quarta a domingo, das 15h às 20h.
A Galeria do Largo segue com programação especial ao longo do ano, reforçando seu papel como vitrine da arte contemporânea amazônica e espaço de memória afetiva para artistas que, como Auá, transformam histórias pessoais em caminhos coletivos.
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