sábado, maio 10, 2025
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Etanol de Milho: A Emergente Matriz Energética do Agronegócio Brasileiro

O milho, tradicionalmente utilizado como ração animal e produto de exportação, está se transformando em uma fonte de energia. O etanol produzido a partir do milho vem ganhando destaque como uma alternativa sustentável e rentável para o abastecimento energético no Brasil. Nos últimos sete anos, esse setor cresceu 18 vezes (1.700%), consumindo mais de 17 milhões de toneladas do grão, com previsões que indicam um aumento para mais de 22 milhões até 2026.

Essa expansão representa uma mudança significativa na utilização do milho no país. Além de fornecer energia limpa, a indústria do etanol permite operações contínuas durante a entressafra da cana-de-açúcar e gera co-produtos valiosos, como DDG (grãos secos) e óleo de milho. As margens operacionais podem chegar a até 30%, mesmo em cenários onde os preços dos grãos flutuam. O retorno sobre o investimento (TIR) em projetos consolidados é estimado em cerca de 15% ao ano.

Felipe Jordy, gerente de inteligência e estratégia da Biond Agro, destaca que “a indústria do etanol de milho oferece um equilíbrio raro entre sustentabilidade e retorno financeiro”. Ele ressalta que este modelo transforma excedentes agrícolas em energia limpa enquanto movimenta cadeias produtivas inteiras com eficiência.

A utilização do milho como fonte energética também contribui para a segurança energética nacional ao atender à crescente demanda por combustíveis renováveis. O etanol reduz a dependência das fontes fósseis e complementa a produção da cana-de-açúcar durante períodos críticos.

Jordy afirma: “O milho se torna protagonista na nova matriz energética brasileira”, enfatizando que essa versatilidade fortalece o suprimento interno e minimiza impactos ambientais enquanto permite ao agronegócio participar ativamente da transição energética global.Embora Mato Grosso ainda seja responsável pela maior parte da produção — com previsão superior a 16 milhões de toneladas até 2026 — outras regiões estão começando a emergir nesse cenário. Estados como Paraná, Bahia e Santa Catarina estão diversificando sua produção no setor.”Estamos diante de uma grande transformação que posiciona o Brasil como líder mundial em bioenergia”, conclui Jordy sobre o potencial promissor do etanol derivado do milho no país.

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