Uma pesquisa realizada pela Serasa em parceria com o Instituto de Pesquisa Opinion Box revelou que mais da metade dos brasileiros, 54%, já enfrentaram dívidas motivadas por questões emocionais. Além disso, 46% dos entrevistados admitiram ter feito compras por impulso como forma de melhorar o estado emocional. Embora essas atitudes proporcionem um alívio temporário, elas acabam gerando impactos negativos duradouros nas finanças pessoais.
Relação entre saúde mental e decisões financeiras
A ligação entre saúde mental e finanças é direta e preocupante. Segundo Rodrigo Costa,especialista da serasa em educação financeira,as compras impulsivas ou o endividamento decorrente de problemas emocionais refletem uma busca pelo alívio imediato da dor emocional,mas não solucionam os problemas a longo prazo. Manter o equilíbrio emocional é essencial para evitar dívidas, tomar decisões financeiras mais conscientes e recuperar a confiança no planejamento financeiro pessoal.
Impactos do desequilíbrio emocional nas finanças
A pesquisa também destaca que dificuldades financeiras comuns agravam a pressão emocional sobre os brasileiros. Entre os principais problemas estão:
- Nome negativado (43%)
- Atraso no pagamento de contas (37%)
- Dificuldade para obter crédito (34%)
- Renda insuficiente (29%)
Esses fatores contribuem para um ciclo vicioso onde a instabilidade financeira alimenta ainda mais o estresse emocional, dificultando a saída da inadimplência.
Percepção dos brasileiros sobre saúde mental e finanças
Apesar do cenário desafiador, 60% dos entrevistados acreditam que cuidar da saúde mental pode ajudar na tomada de decisões financeiras mais equilibradas e conscientes. Além disso, 30% afirmam que manter o bem-estar emocional poderia reduzir gastos relacionados à própria saúde mental.
A nova fase da inadimplência: a dimensão emocional
Rodrigo Costa alerta para uma nova etapa na crise das dívidas no Brasil: “O país enfrenta uma fase silenciosa e crescente de inadimplência causada por fatores emocionais”. Ele ressalta que essa situação reflete diretamente na vida financeira das pessoas independentemente da classe social. Para ele, o planejamento financeiro aliado à educação financeira é fundamental para promover melhor qualidade tanto na saúde mental quanto física.
Conclusão
Os dados evidenciam como as emoções influenciam diretamente as escolhas econômicas dos brasileiros. Cuidar do equilíbrio psicológico não só ajuda a evitar dívidas como também fortalece o controle financeiro pessoal. Em tempos desafiadores economicamente falando, investir em autoconhecimento e educação financeira torna-se indispensável para garantir estabilidade.
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