Espetáculo celebra mulheres amazônicas e estreia com entrada gratuita neste domingo
O Teatro da Instalação recebe neste domingo (23), às 18h, a estreia do espetáculo “Aquelas que me habitam”. A obra homenageia mulheres amazônicas inspiradas nas Ykamiabas e propõe reflexões sobre força, resistência e silenciamentos históricos. A entrada é gratuita.
A iniciativa inclui apresentações artísticas, ancestralidade-marcam-a-estreia-do-espetaculo-em-manaus/” title=”Traços: Reflexões sobre … Marcam a … do … em Manaus”>roda de conversa, texto sobre o processo criativo, e-book ilustrado e um observatório de criação destinado a alunos da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a um jovem artista independente. O projeto também incorpora ações de acessibilidade para ampliar o alcance e o diálogo sensorial com o público.
A artista proponente Francis Baiardi explica que a obra nasce de seu vínculo com a ancestralidade feminina. “As mulheres Ykamiabas foram conhecidas por serem guerreiras, com habilidades e força de potência. Elas me atravessam e dialogam com as mulheres amazônicas contemporâneas, que continuam inspirando e transformando a sociedade”, afirma.
Participantes do processo criativo
Direção e preparação
Regina Maciel assina a preparação de voz e corpo, além da direção de cena. Ela destaca que apoia a intérprete criadora na construção de uma composição cênica profunda, conectada às mulheres representadas no espetáculo.
Assistência de direção
A diretora Ananda Guimarães contribui com sua experiência sensorial. “Estou assinando a assistência de direção. Trabalho como diretora há quase 10 anos e, por ter baixa visão, minha experiência vai além da visão — exploramos audição, tato e outros sentidos, criando uma metodologia que valoriza o campo do invisível. Esse processo, aliado à minha vivência com a cultura popular, dialoga com a ancestralidade que a Francis busca resgatar”, destaca.
Dramaturgia
Marilza Oliveira reforça a dimensão simbólica da obra. “Estou colaborando no sentido de provocar reflexões e ações voltadas para a concepção de corpo, movimento e narrativa que comporão a obra artística. É uma honra integrar esse potente projeto concebido pela querida irmã, Francis Baiardi — artista independente, engajada com o movimento artístico e sociopolítico que contempla, especialmente, as mulheres indígenas e negras do território amazonense”.
Texto e ancestralidade
A escritora Gorete Lima destaca seu vínculo ancestral no processo criativo. “Me insiro nesse contexto ancestral, carregando em mim as vozes e os gestos das que vieram antes. São memórias vivas que dançam nos meus passos, nas minhas escolhas e nos meus silêncios. A ancestralidade que habita em mim é raiz e asa: me prende à terra e me ensina a voar”.
(*) Com informações da assessoria
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