sábado, julho 26, 2025
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Eduardo Bolsonaro ameaça Alcolumbre e Motta com Lei Magnitsky

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu a possibilidade de sanções internacionais contra autoridades brasileiras, incluindo os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A declaração foi feita durante entrevista ao canal Oeste, em que Eduardo afirmou ter solicitado ao ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o monitoramento e sanções a autoridades brasileiras.

Segundo ele, os relatórios já foram encaminhados a Trump e ao secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, e pedem, entre outras medidas, o cancelamento de vistos e bloqueio de contas bancárias de ministros do STF e outras lideranças políticas.

“A cabeça do Trump é completamente imprevisível. A gente vai ver o que vai acontecer. […] Vocês serão sancionados. E sanção não é só não poder entrar nos Estados Unidos. É não ter contas bancárias, são coisas mais severas, vocês serão impedidos de abrir uma conta no Gmail, uma conta na Uber”, declarou Eduardo.

Gleisi Hoffmann reage e fala em crime de lesa-pátria

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, reagiu às falas de Eduardo Bolsonaro e classificou como “crime intolerável contra a soberania e a democracia no Brasil”.

“A conspiração desse traidor da pátria com os agentes de Donald Trump descamba para uma chantagem cada vez mais indecente”, escreveu Gleisi na rede X.

Gleisi também acusou o deputado de conspirar contra o Judiciário e o Congresso e lembrou os atos antidemocráticos promovidos após as eleições de 2022.

“Perderam a eleição, nunca reconheceram o resultado, tentaram dar um golpe, assassinar o presidente eleito, e agora querem uma intervenção estrangeira […] Esse crime de lesa-pátria não pode ficar impune.”

Foco em Alcolumbre e articulação sobre Moraes

Eduardo Bolsonaro declarou que Alcolumbre estaria sendo monitorado pelo governo americano e que poderia escapar de sanções caso não apoie as decisões do Supremo Tribunal Federal.

“O Davi Alcolumbre está no foco do governo americano e tem a possibilidade de não ser sancionado se não der respaldo a esse regime. […] Tenho certeza de que Alcolumbre e Hugo Motta não são pessoas iguais a Alexandre de Moraes.”

Segundo o deputado, a votação de pautas como a anistia e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes é vista como sinal de apoio ou rejeição ao STF.

“Se o Brasil não conseguir pautar a anistia, não pautar o impeachment de Alexandre de Moraes, a coisa ficará ruim. […] Que Deus ilumine a cabeça do Hugo Motta e do Davi Alcolumbre”, completou.

Flávio Bolsonaro também pressiona por impeachment

As declarações de Eduardo ocorrem em meio à pressão de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para que o Senado dê seguimento ao pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, apresentado nesta semana.

“Eu acho que o presidente Davi Alcolumbre tem que cumprir com a sua obrigação de presidente do Senado e dar prosseguimento aos pedidos de impeachment”, disse Flávio à CNN Brasil.

Segundo o senador, o Congresso hesita em avançar com medidas contra o Supremo.

“O erro que está sendo cometido no Brasil há algum tempo é exatamente essa relação de blindar o ministro do Supremo, porquê, senão, vão me acusar de estar fazendo alguma confusão.”

Pedido de impeachment após cautelares contra Bolsonaro

O pedido apresentado por Flávio veio após Moraes manter medidas cautelares contra Jair Bolsonaro (PL). O senador argumenta que o ministro do STF agiu de forma parcial e estaria censurando o ex-presidente e seus apoiadores.

“Ele toma essa decisão que é dúbia exatamente para calar o Bolsonaro e para que a imprensa tenha que se pautar pelo que o Alexandre de Moraes quer”, afirmou Flávio.

Segundo ele, a prisão de Bolsonaro seria a “cereja do bolo” para Moraes, que, de acordo com o pedido, estaria violando a liberdade de expressão.

Especialistas divergem sobre decisão de Moraes

Juristas ouvidos pelo UOL afirmam que o ministro não proibiu Bolsonaro de dar entrevistas ou fazer discursos, mas impediu terceiros de usarem esse conteúdo de forma coordenada nas redes sociais, o que poderia interferir nos processos em curso.

Alguns especialistas consideram que a medida gera uma leitura dúbia sobre censura, enquanto outros avaliam que há limitações ao direito de expressão e à liberdade de imprensa.

(*) As informações são da Uol

Leia mais:

Eduardo Bolsonaro critica missão de senadores aos EUA para barrar tarifas

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