terça-feira, dezembro 30, 2025
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Economia brasileira avança 2,5% no primeiro trimestre, revela IBGE

A economia brasileira registrou crescimento de 2,5% no primeiro trimestre de 2024 em comparação ao mesmo período do ano ⁤anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (4). Em⁤ relação ao último trimestre de 2023,o Produto Interno Bruto (PIB),que representa o conjunto dos bens e serviços produzidos no país,teve alta de 0,8%.No acumulado dos últimos 12 meses, ‍a expansão econômica ‌também foi‍ de 2,5%,‍ com o PIB atingindo R$ ‌2,7 ⁤trilhões em valores correntes.

Desempenho setorial da economia brasileira

O crescimento econômico apresentou variações importantes entre ‍os setores. A indústria e os serviços tiveram avanços expressivos na comparação anual: cresceram 2,8% ⁢e 3%, respectivamente. Por outro lado, ​a agropecuária foi o ‍único setor‌ que‌ sofreu retração neste período,⁤ com queda de 3%.

Agropecuária sob impacto climático

De acordo com​ Rebeca Palis, coordenadora⁢ de contas Nacionais do IBGE, as condições climáticas adversas – especialmente o fenômeno El Niño – influenciaram negativamente ‌a agropecuária. Embora a pecuária tenha apresentado crescimento neste ano, as perdas na agricultura foram mais significativas‌ para o desempenho geral do setor. Produtos como soja ​(-2,4%),milho (-11,7%),fumo⁣ (-9,6%) e mandioca (-2,2%) tiveram redução ‌na estimativa anual da produção ⁢devido‌ à perda de produtividade.

Indústria impulsionada por extrativismo e energia

O avanço industrial foi puxado⁤ principalmente pelas indústrias⁣ extrativas que cresceram 5,9%, beneficiadas pela maior‌ extração de petróleo e gás natural além do minério de ferro. Também se destacaram atividades relacionadas à eletricidade e⁣ gás natural; água; esgoto; além da gestão de resíduos sólidos – estas últimas apresentando alta próxima a 4,6%, especialmente para consumo residencial.

Consumo interno e investimentos

O consumo das famílias aumentou 4,4% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior.‌ As despesas governamentais também subiram 2,6% nesse intervalo. A Formação Bruta de⁣ Capital fixo⁣ – indicador que mede os investimentos ⁤realizados na economia – avançou 2,.7%.

As exportações cresceram 6,.5%, enquanto as importações aumentaram ainda mais: cerca de 10,.2%. Segundo Rebeca Palis essa mudança reflete uma ⁤inversão recente no saldo comercial positivo observado​ nos anos anteriores para uma contribuição negativa no início deste ano devido à ​maior importação principalmente máquinas,equipamentos,bens intermediários,e valorização do real.

No primeiro⁤ trimestre deste ano,a taxa total investimento ficou em16,.9%dopibabaixodos17,.1%doregistradonoprimeirotrimestrede2023.

Comparação trimestral: retomada após recuo

Na análise frente aos três últimos mesesde2023,oPIBcresceu0,.8%,indicandouma retomada após ⁤queda levede0,.1%nofinaldoano passado.Este resultado éomaiorsinceosegundotrimestrede2023quandoahouvecrescimentode0,.9%.

Serviços lideram⁣ recuperação econômica

O setor deserviçosfoioprotagonistadavariaçãopositiva,destacandoum aumento denível1,,4%.⁢ O comércio varejistaeosserviços pessoais,também ligadosao consumodasfamílias,tiverampapelimportante.Nesse segmento,a atividade relacionadaainternetedesenvolvimentodesistemas cresceu,devidoaumentodosinvestimentos.Além disso,o ⁢crescimentoserviços ⁢profissionais repercute positivamenteem todaaeconomia,nos⁢ termos explicados pela coordenadora do IBGE.RebecaPalisressaltouqueocrescimentoeconômicotivousem sua totalidade pelademanda interna,motivada pela melhora domercadodetrabalho,juntamentecomataxadejuros einflaçãomais baixaseprogramasgovernamentaisde auxílio às famílias.Com esse cenário,o índice⁤ depoupança caiupara16,,2%, ante17,,5%noprimeirotrimestredoanoanterior.

Acumulado anual reforça tendência positiva

Considerando​ os quatro trimestres encerrados em março deste ano,há um crescimento acumulado denível geral ⁤igual a25,% comparado ao mesmo período anterior.Houve ⁤avanços nos três ‍principais setores econômicos:

  • Agropecuária: +6,,4%
  • Indústria: +1,,9%
  • Serviços: +23%

Impactos regionais recentes: Rio ‌Grande do Sul

Os ​dados ​divulgados ainda não refletem os efeitos das fortes‌ chuvas ocorridas entre abrile maio no Rio Grande do Sul.O estado representa aproximadamente6,,5%dopibonacional,easmuncípiosafetados respondem por metade desse valor.Ainda segundoRebecaPalis,a análise detalhada só será possível‍ quando forem disponibilizadas pesquisas mensais referentesao períododa tragédia.claramente espera-se impacto negativo sobre pecuária⁣ estradas comercio local.


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