Uma redução significativa de 7,57% na área desmatada no Amazonas foi registrada pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) entre 1º e 31 de março de 2025. O total alcançou 8.302 hectares, em comparação aos 8.982 hectares do mesmo período em 2024. Além disso, o número de ocorrências relacionadas ao desmatamento caiu drasticamente em 56,77%, com apenas 1.017 alertas registrados contra os 2.353 do ano anterior.
Os focos de calor também apresentaram uma diminuição expressiva, com uma queda de 31,42%. Em março deste ano foram identificados apenas 24 focos,enquanto no mesmo mês do ano passado esse número era de 35.
De acordo com Gustavo Picanço, diretor-presidente do Ipaam, esses resultados refletem o monitoramento contínuo realizado pelo órgão através do Centro de Monitoramento Ambiental e Áreas Protegidas (CMAAP). A utilização de tecnologia avançada tem sido fundamental para detectar alterações na vegetação e identificar focos de calor em tempo real.
Picanço destacou a importância da colaboração entre órgãos ambientais e autoridades competentes para garantir a proteção das florestas e reduzir os índices de degradação ambiental. Ele mencionou ainda a Rede Mais, uma plataforma inovadora que disponibiliza diariamente imagens capturadas por cerca de 180 satélites modernos que desempenham um papel crucial na preservação das florestas amazônicas.
A coordenadora do CMAAP, Priscila Carvalho, esclareceu que nem todos os focos identificados são indicativos diretos de queimadas ilegais; muitos podem ser causados por atividades humanas autorizadas ou fenômenos naturais como vegetação seca. “Nem todo foco é resultado direto da ação humana ilegal”, afirmou Carvalho.
Entre os municípios mais afetados pelo desmatamento durante o período analisado estão Lábrea (2.041 hectares), Novo Aripuanã (1.767 hectares) e Apuí (973 hectares), localizados a distâncias variadas da capital Manaus: respectivamente a cerca de 702 km,227 km e453 km.
O desmatamento ilegal pode acarretar multas significativas conforme estipulado pelo Decreto Federal nº6.514/2008: R$5 mil por hectare ou fração da área afetada; esse valor pode ser dobrado se houver uso indevido do fogo ou incêndios ilegais associados à prática criminosa.Ainda segundo o decreto mencionado anteriormente,multas também são aplicáveis para queimadas não autorizadas em áreas agrícolas destinadas à renovação das pastagens ou cultivo,sendo fixadas em R$3 mil por hectare.
Para denúncias sobre práticas ilegais relacionadas ao meio ambiente,a população pode entrar em contato com a Gerência De Fiscalização(Gefa)do Ipaam através do WhatsApp:(92)98557-9454.
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