Equipe do Hospital de Base de Brasília consegue reanimar lara Sousa após parada cardíaca
No Distrito Federal, a brasiliense Lara Sousa, de 10 anos, foi submetida a 70 minutos intensos de manobras de ressuscitação no Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) até que seu coração voltasse a bater no dia 9 de junho. O caso é raro, já que geralmente não há sobreviventes após 50 minutos sem pulso. Lara sofreu um infarto enquanto brincava em uma piscina em planaltina e teve parada cardíaca seguida por afogamento.
Resgate e primeiros socorros na festa
Durante uma comemoração próxima à piscina onde Lara brincava com sua irmã Clara,uma técnica de enfermagem presente tentou realizar ressuscitação cardiopulmonar (RCP) e respiração boca a boca. No entanto, devido à mandíbula travada da menina e à água nos pulmões, as tentativas iniciais foram dificultadas. O Corpo de Bombeiros foi acionado pelos presentes, mas também não conseguiu reanimar Lara no local.
Transporte emergencial para o HBDF
Lara foi levada ao Hospital Regional de Planaltina onde os médicos identificaram a necessidade urgente da UTI. Como não havia leito disponível na unidade local, ela foi transferida rapidamente para o HBDF em ambulância acompanhada pela mãe no banco da frente. Ao chegar ao hospital especializado em Brasília, os profissionais iniciaram imediatamente o uso do desfibrilador para tentar restabelecer os batimentos cardíacos.Manobras prolongadas salvam vida da criança
os médicos mantiveram as manobras por cerca de 70 minutos até que o coração voltou a pulsar – um feito considerado emocionante pelo cardiologista Edvagner Carvalho, especialista em estimulação cardíaca do HBDF envolvido na reanimação. Em seguida foram retirados os líquidos dos pulmões com drenos e Lara permaneceu entubada por cinco dias enquanto aguardavam avaliação dos danos causados pela parada cardíaca.
Diagnóstico revelador: arritmia desconhecida
Após exames detalhados durante a internação prolongada no HBDF, descobriu-se que Lara possuía uma arritmia cardíaca nunca antes diagnosticada – condição que compromete o funcionamento normal do coração e aumenta risco para paradas súbitas. Embora essa alteração geralmente esteja ligada a problemas estruturais musculares do órgão, ainda não se sabe exatamente qual é o problema específico dela.
Cirurgia inédita marca recuperação da paciente
Apesar das dificuldades iniciais e prognóstico reservado, Lara teve alta hospitalar quase sem sequelas após quase um mês internada. Antes disso passou por cirurgia pioneira na rede pública do DF: recebeu um cardiodesfibrilador implantável (CDI), equipamento semelhante ao marcapasso porém capaz também aplicar choques elétricos quando detecta ritmos anormais perigosos para restaurar batimentos regulares.
Cuidados contínuos garantem qualidade de vida
A nova rotina inclui uso permanente dos medicamentos prescritos pelos médicos além da recomendação rigorosa para evitar esforços físicos intensos. A mãe relata que apesar das dificuldades emocionais enfrentadas pela filha – medo das pessoas tocarem nela e necessidade constante aprendizado sobre seu tratamento – elas estão se adaptando gradualmente à nova realidade imposta pelo diagnóstico.
Conclusão
O caso impressionante mostra como equipes médicas especializadas podem fazer diferença decisiva mesmo diante das adversidades mais graves como paradas cardiorrespiratórias prolongadas em crianças pequenas. A história reforça ainda importância dos primeiros socorros imediatos aliados ao atendimento hospitalar avançado oferecido pelo Hospital de Base do Distrito Federal.
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