Em toda virada de ano, cães e gatos enfrentam situações de risco devido ao medo provocado pelo barulho dos fogos de artifício no Réveillon. Um estudo realizado pela Universidade de Berna,na Suíça,revelou que 52% dos cães são afetados por esse problema. A sensibilidade auditiva dos animais é muito maior que a dos humanos, o que torna os ruídos intensos ainda mais traumáticos para eles. essa realidade tem levado à proibição do uso de fogos em diversas cidades, visando proteger não apenas os pets, mas também pessoas vulneráveis como idosos e crianças.
Impacto do barulho nos animais
O ouvido canino consegue captar frequências sonoras superiores às humanas e identificar sons a uma distância até quatro vezes maior. barulhos acima de 60 decibéis – equivalente a uma conversa em tom alto – podem gerar estresse físico e psicológico nos cães, conforme aponta o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV). O som intenso das explosões causa pânico não só em animais domésticos como também em silvestres; até pássaros mantidos em gaiolas precisam ser protegidos.
O médico-veterinário Daniel Prates relata casos graves decorrentes desse medo: “Já atendi um cão que atravessou uma vidraça ficando com cacos enfiados no rosto e pescoço; outro morreu vítima de infarto; um terceiro fugiu assustado e foi atropelado”.Esses episódios evidenciam a gravidade da situação durante as festas.
Prevenção e cuidados para evitar traumas
A principal recomendação é evitar o uso de fogos perto dos animais. Para minimizar riscos:
- Identifique seu pet com plaquinha contendo telefone e email do tutor.
- Mantenha-os próximos aos donos para proporcionar segurança.
- Prepare ambientes acolhedores que abafem o som – quartos fechados ou garagens são ideais.
- Crie refúgios onde possam se esconder confortavelmente, usando objetos com cheiro do dono.
- Controle a alimentação: ofereça comida pela manhã e utilize brinquedos recheados com petiscos durante os fogos para distraí-los.
- Utilize música ou televisão para mascarar os ruídos externos.
- Consulte veterinários sobre protetores auriculares específicos para pets.
É importante agir normalmente diante da situação sem demonstrar estresse. Recompense seu animal quando ele demonstrar coragem ao enfrentar o barulho sozinho.Evite juntar muitos animais no mesmo espaço pois isso pode aumentar conflitos.
Medidas adicionais em casos mais graves
Para pets muito ansiosos existem feromônios sintéticos disponíveis que ajudam na tranquilização. Em situações extremas onde há convulsões ou tentativas constantes de fuga, medicamentos calmantes podem ser indicados por veterinários especializados.
Se ocorrer algum acidente ou trauma físico durante as festividades, leve imediatamente seu animal ao veterinário pois lesões internas podem não ser visíveis inicialmente.
Prevenção do medo desde filhote
Filhotes têm maior facilidade para se adaptar à exposição gradual a novos estímulos sonoros entre 21 e 90 dias de vida – período crucial para sua sociabilização adequada. Associar sons altos como fogos a experiências positivas por meio da brincadeira ou petiscos ajuda na redução futura do medo.
Um método eficaz consiste em reproduzir áudios baixos com sons semelhantes aos dos rojões enquanto interage positivamente com o animal; aumente gradualmente o volume sem causar susto até acostumá-lo completamente ao ruído.
Caso essas técnicas não sejam suficientes é basic buscar auxílio profissional especializado no comportamento animal.
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