Manaus (AM) – Após a contestação da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam) sobre a estimativa de uma perda superior a R$ 1,1 bilhão no Produto Interno Bruto (PIB) do Amazonas, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que está em diálogo com a entidade estadual para esclarecer os dados.
Em nota enviada com exclusividade ao Portal Em Tempo, nesta quinta-feira (31), a CNI explicou que os números fazem parte de um estudo conduzido pelo Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental Aplicada da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O levantamento analisa os impactos da recente escalada tarifária dos Estados Unidos contra produtos brasileiros, que estabeleceu alíquotas de até 50% sobre diversos itens.
Segundo a CNI, ainda é necessário aprofundar a análise sobre os efeitos diretos para o Amazonas e a Zona Franca de Manaus (ZFM). Para isso, a entidade nacional afirmou que pretende manter o diálogo técnico com representantes da indústria local.
Projeção revisada para o Amazonas
A CNI divulgou a projeção inicial no dia 29 de julho e agitou as estruturas do Polo Industrial de Manaus. O estudo estimou para o Amazonas uma variação negativa de 0,67% no PIB estadual, o que manaus-diz-cni/” title=”Tarifaço dos EUA pode tirar R…,… do AM e afetar …, diz …”>representa uma retração de R$ 1,1 bilhão até julho de 2026, caso as tarifas permaneçam em vigor.
Fieam minimiza impacto na ZFM
Para o presidente da Fieam, Antônio Silva, os efeitos práticos das tarifas sobre a Zona Franca de Manaus devem ser limitados. Segundo ele, cerca de 700 produtos foram excluídos da lista final de taxação, o que reduz significativamente os potenciais danos às exportações do modelo industrial amazonense.
Silva também reforçou que a ZFM exporta pouco para os Estados Unidos, o que, na visão da Fieam, torna o impacto marginal.
O secretário de Desenvolvimento, Tecnologia e Inovação do Estado do Amazonas, Serafim Corrêa, concordou. Segundo ele, mesmo com a taxação norte-americana sobre produtos brasileiros, a Zona Franca de Manaus não será impactada significativamente.
Ao Em Tempo, o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva, afirmou que vai aguardar posicionamento do governo federal antes de qualquer manifestação.
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