A cheia que avança pelo Amazonas em 2025 já afeta diversas comunidades, com 22 cidades em estado de alerta e quatro municípios enfrentando situação de emergência. As cidades de Guajará, Boca do Acre, Humaitá e Manicoré estão entre as mais impactadas pela elevação das águas dos rios.
O gerente de Hidrologia e Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil (SGB), André Luis Martinelli, destacou a gravidade da situação. ”após duas das maiores cheias registradas em 2021 e 2022, nossa região passou por secas extremas nos anos seguintes. Agora, enfrentamos uma nova cheia que pode ser ordinária ou até mesmo severa”, afirmou.
Para manaus, o SGB prevê que o Rio Negro atinja cerca de 28,68 metros. A probabilidade de superação da cota de inundação severa é estimada em 30%. Jussara Cury, pesquisadora do SGB, ressaltou que a chance da atual cheia superar a registrada em 2021 é inferior a 1%.
diante desse cenário preocupante,a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) intensificou ações preventivas para mitigar os impactos da cheia. Entre as medidas adotadas estão o mapeamento das áreas vulneráveis à subida dos rios e a construção de marombas e passarelas para garantir mobilidade aos moradores.
A previsão é alarmante: mais de 2 milhões de pessoas podem ser afetadas pela cheia no estado. Em Boca do Acre,aproximadamente 1.748 famílias já foram impactadas pela elevação dos níveis dos rios Acre e Purus. Para ajudar essas famílias necessitadas, foram distribuídos alimentos essenciais pela Secretaria Municipal de Assistência Social.
Em Guajará também há relatos preocupantes; o nível máximo deste ano foi registrado no dia 23 março com uma altura significativa no rio local. A prefeitura tem se mobilizado para fornecer cestas básicas às famílias afetadas nas áreas mais críticas.Humaitá enfrenta um desafio adicional: além da invasão das águas na orla municipal comprometendo acessos às comunidades rurais, foi decretada emergência em saúde pública devido ao aumento nos agravos relacionados à rápida elevação do nível do Rio Madeira.
Manicoré está próximo da máxima histórica registrada na cidade com um nível acima dos 26 metros atualmente; cerca de quatro mil famílias estão sendo assistidas enquanto são realizadas avaliações sobre suas necessidades urgentes.
As autoridades locais continuam trabalhando arduamente para minimizar os danos causados pelas cheias extremas na região amazônica enquanto buscam soluções sustentáveis para apoiar as comunidades afetadas durante este período crítico.
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