Os telefones celulares, as motocicletas e os televisores foram os produtos industriais com maior valor de produção no Amazonas em 2023, segundo a Pesquisa Industrial Anual (PIA) – Produto, divulgada na terça-feira (25) pelo IBGE.
Liderando o ranking, os “telefones celulares, inclusive smartphones” somaram R$ 16,4 bilhões em valor de produção. Em segundo lugar, ficaram as motocicletas com motor de pistão alternativo entre 50 cm³ e 250 cm³, com R$ 16,2 bilhões. Os televisores, incluindo as smart TVs, aparecem na terceira posição, com R$ 15 bilhões.
Apesar da relevância, houve queda no valor de produção de celulares e televisores em relação a 2022. Os celulares tiveram recuo de 0,6%, enquanto os televisores apresentaram a maior queda entre os produtos, com retração de 29%, saindo da liderança em 2022 para o terceiro lugar em 2023.
Destaque no Norte
No cenário da Região Norte, apenas um produto industrial superou os itens fabricados no Amazonas: o minério de ferro extraído no Pará. O item, classificado como “minérios de ferro e seus concentrados, em bruto ou beneficiados”, alcançou valor de produção de R$ 70,3 bilhões no ano passado.
Ao considerar os 10 principais produtos industriais de cada estado da região, os três principais itens do Amazonas juntos superaram, em valor de produção, a indústria de praticamente metade dos estados nortistas.
Em nível nacional, os 10 produtos com maior valor representaram 22,2% da receita líquida de vendas da indústria em 2023. O único item comum entre os principais do Brasil e do Amazonas foi o óleo diesel (gasóleo), responsável por 3,2% da receita líquida de vendas no país.
A região Norte aumentou sua participação na receita líquida de vendas nacional, passando de 6,4%, em 2014, para 6,9%, em 2023. Os três principais produtos industriais nortistas — minério de ferro, carne bovina e motocicletas — responderam por 30,5% da receita líquida da região no ano passado. Em 2014, esse percentual era de 26,7%.
Valor de transformação industrial
O Amazonas manteve a liderança regional em Valor de Transformação Industrial (VTI) — indicador que mede o valor adicionado pela indústria — mesmo com queda de três pontos percentuais em dez anos: de 52% em 2014 para 49% em 2023. Em seguida, aparecem o Pará (42,8%), Rondônia (4,1%), Tocantins (3,2%), Acre e Amapá (ambos com 0,4%) e Roraima (0,2%).
Em valores absolutos, o VTI das unidades industriais com cinco ou mais ocupados no Amazonas foi de R$ 71,3 bilhões em 2023. São Paulo liderou o ranking nacional com R$ 813,2 bilhões, seguido por Rio de Janeiro (R$ 306,3 bilhões) e Minas Gerais (R$ 269,9 bilhões). Os menores VTIs foram registrados em Roraima (R$ 247 milhões), Amapá (R$ 514,5 milhões) e Acre (R$ 649,3 milhões).
Nas empresas com 30 ou mais pessoas ocupadas, o Amazonas ficou na sétima colocação nacional, com VTI de R$ 70,5 bilhões. São Paulo (R$ 764 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 300,2 bilhões) e Minas Gerais (R$ 255 bilhões) mantiveram as primeiras posições. Acre, Amapá e Roraima aparecem nas últimas colocações, com VTIs inferiores a R$ 500 milhões.
Perfil industrial amazonense
A PIA-Empresa também detalhou o perfil da indústria amazonense. Em 2023, as principais atividades industriais no estado foram: fabricação de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (28,2% do VTI); fabricação de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (13,4%); e, pela primeira vez entre os três maiores setores, a fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (12,6%).
Esses dados reforçam o papel estratégico do Polo Industrial de Manaus (PIM) na produção nacional de bens duráveis e seu impacto na economia regional, mesmo diante das oscilações de mercado.
*Com informações da assessoria
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