Mostra gratuita explora ancestralidade, sabedoria Yorùbá e encerra com música ao vivo
Com entrada gratuita, a Casa Cultural Ayédùn abre ao público nesta quinta-feira (20) a exposição “Eleri-Ipin: A Testemunha do Destino”, em celebração ao Dia da Consciência Negra. A mostra mergulha no universo do Culto Tradicional Yorùbá, destacando Orunmilá-Ifá como Orixá da sabedoria, da adivinhação e do destino. O evento encerra com apresentação musical da banda GingaMandinga.
A exposição convida o público a refletir sobre ancestralidade, escolhas, caminhos espirituais e forças que orientam o destino. A abertura integra iniciativas da Casa Cultural Ayédùn e da Ilé Àṣẹ Ayédùn, fortalecendo a circulação de saberes ancestrais e ampliando o acesso a ações educativas e artísticas na cidade.
Segundo a Ìyálorixá Ayédùn, curadora da exposição e presidente da casa cultural, o evento marca um momento importante:
“Esta exposição marca mais um passo importante na missão da Casa Cultural Ayédùn de se afirmar como um lugar de memória, educação e preservação das tradições africanas. ‘Eleri-Ipin’ nos chama a refletir sobre o nosso próprio destino, sobre a força da criação que nos cerca e sobre a disciplina necessária para manifestar nosso Axé”, destacou a Ìyálorixá.
Obras e artistas convidadas
Quatro artistas visuais apresentam obras inéditas criadas especialmente para a mostra, cada uma inspirada em diferentes ìtàn (narrativas sagradas Yorùbá):
Ajê – “Ìyá mi Odùlógbòjé”
A artista traz ilustrações animadas sobre as Ìyàmí Oxorongá, retratando a travessia mítica das antigas feiticeiras, sua força ancestral e relação com árvores sagradas. A obra mistura fantasia e tradição, exaltando o poder feminino primordial.
Cris Ifatayó – A amizade sagrada entre Orunmilá e Exu
Cris refaz visualmente os contos da lealdade entre Orunmilá e Exu, mostrando como a paciência e as relações sustentam decisões fundamentais e caminhos de vida.
Gabi Loys – “Otutu Opon”
A obra traduz a narrativa em que Ifá orienta os devotos a usar o Otutu Opon, pulseira ou colar de proteção e longevidade, simbolizando a amparo espiritual e a jornada do destino.
Ìyálorixá Ayédùn – “Os meus mais velhos”
A pintura celebra a ancestralidade, propósito e raízes, homenageando aqueles que vieram antes e sustentam o caminho dos que seguem no Aiyê.
Programação do evento
18h – Recepção e acolhimento do público
Saudação ritualística tradicional Yorùbá conduzida pela Ìyálorixá Ayédùn
Discurso sobre memória ancestral, preservação da cultura Yorùbá e combate à intolerância religiosa
Apresentação da exposição e explicação do tema central Ifá-Orunmilá
Encerramento com show da banda GingaMandinga
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