domingo, junho 29, 2025
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Caprichoso exalta cultura negra e lendas amazônicas no 58º Festival

FOTOS: Alex Pazuello/Secom

Na segunda noite do 58º Festival de Parintins, neste sábado (28), o Boi Caprichoso abriu as apresentações com um espetáculo que exaltou a cultura negra, as lendas amazônicas e os rituais indígenas. Com o tema “Kizomba: Retomada pela Tradição”, a agremiação reforçou a importância da representatividade e da memória dos povos tradicionais da Amazônia.

O evento é promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.

O levantador de toadas, Patrick Araújo, reforçou o compromisso da agremiação com o espetáculo e com a conquista do título de tetracampeão:

“Hoje o Caprichoso preparou mais um grande show, mais um grande espetáculo. E preparou muitas novidades, como a noite de ontem. Então, vamos pra cima em busca desse título. É um trabalho a longo prazo, a gente chega neste mês, nesta semana, praticamente já fechado para apresentar o espetáculo”, afirmou.

Marandoeiros da Amazônia abrem a noite

A noite começou com a apresentação da Figura Típica Regional, representada pelos Marandoeiros e Marandoeiras da Amazônia. Esses personagens são os contadores de histórias que mantêm viva a cultura amazônida por meio da oralidade. A homenagem valorizou a sabedoria popular e os “causos” dos interiores.

A alegoria foi criada pelos artistas Márcio Gonçalves e Nildo Costa, que destacaram a força e a resistência desses personagens da floresta.

FOTOS: Alex Pazuello/Secom

Sacaca Merandolino encanta como Lenda Amazônica

Entre os pontos altos, a Lenda Amazônica retratou a história de Sacaca Merandolino, o Encantado de Arapiuns. Criada pelo artista Alex Salvador, de 34 anos, a narrativa apresenta o curandeiro que, após a morte, tornou-se o eterno guardião das águas escuras do rio Arapiuns.

Outro momento marcante foi a apresentação da Rainha do Folclore, que surgiu em destaque dentro da alegoria. Em seguida, Patrick Araújo conduziu um dos trechos mais aclamados da noite ao interpretar “Sensibilidade”, uma toada que mobilizou arquibancadas e levantou a galera azulada.

FOTOS: Alex Pazuello/Secom

Ritual indígena celebra os espíritos Munduruku

No Ritual Indígena, o Boi Caprichoso apresentou “Musudi Munduruku – A Retomada dos Espíritos”, uma celebração espiritual e de resistência do povo Munduruku. A alegoria, assinada pelo artista Kennedy Prata, contou com a participação do pajé Erick Beltrão.

Emoção toma conta da galera azulada

Na arena, a emoção contagiou os torcedores. O professor Luiz Oliveira, 46 anos, de Maués, que representou o Item 19 – Galera, descreveu a experiência com entusiasmo:

“Eu estou muito emocionado, o boi estava gigante, brilhante, lindo, impactante. Vamos ser tetracampeões, tenho certeza. É uma emoção que só quem está aqui consegue perceber e sentir”, disse.

O Festival de Parintins continua neste domingo (29/06) com a terceira e última noite de apresentações no Bumbódromo.

FOTOS: Alex Pazuello/Secom

Leia mais: Boi Caprichoso abre segunda noite do Festival de Parintins 2025

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