O curta “Cabeça de Cabaças”, dirigido pela artista visual e cineasta Keila‑Sankofa, integra a programação oficial do 32º Festival de Cinema de Vitória (FCV), que acontece de 19 a 24 de julho, em Vitória (ES). A obra reafirma a força das ancestralidades afro‑indígenas na produção audiovisual brasileira.
Estreado em 2024 na Bienal das Amazônias, no Maranhão, o filme já circula por festivais no Brasil e no exterior. Ele se destaca como uma obra de vídeo‑performance marcante.
Segundo Keila‑Sankofa, o curta é “um paramento sonoro que comprova simbolicamente o encontro milenar entre os povos negros e indígenas na Amazônia”. Usando a cabaça como símbolo — útero, tambor e continente de sementes —, a obra propõe uma fabulação pré‑colonial que afirma: “nossos mundos se entrelaçam antes mesmo da colonização”.
Experiência
Com apenas 6 minutos, o vídeo convoca o público para uma experiência sensorial que combina imagem, som e corpo, transformando a cabaça em um universo inteiro.
“A maioria das culturas afro diaspóricas e indígenas, de Abya Yala, utilizam a cuia/cuité/cabaça para realizar ritualísticas espirituais, produzir utensílios domésticos, máscaras, levar banhos a cabeça, bebidas a boca, fabricação de instrumentos musicais, além de arte para remontar o invisível. A cabaça é um instrumento há milénios.”, diz Keila‑Sankofa.
(*) Com informações da assessoria
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