Um projeto astronômico inovador será iniciado em menos de um mês para mapear o céu do hemisfério Sul durante mais de uma década. A iniciativa contará com a participação de cerca de 170 cientistas brasileiros, entre estudantes e pós-doutores, que utilizarão o supertelescópio de 8 metros do Observatório Vera C. Rubin, no Chile. Equipado com a maior câmera digital do mundo, com 3,2 gigapixels, o equipamento permitirá a captura anual de mais de 200 mil imagens e o catálogo bilionário de objetos celestes.
Projeto astronômico e tecnologia envolvida
O uso do supertelescópio Vera C. Rubin representa um avanço significativo na observação astronômica. Com sua câmera digital inédita em resolução e capacidade, será possível registrar detalhes nunca antes alcançados no mapeamento do céu austral.
Capacidade da câmera digital
A câmera possui 3,2 gigapixels, tornando-se a maior já instalada em um telescópio desse porte. Essa tecnologia viabiliza a produção anual superior a 200 mil imagens, fundamentais para catalogar bilhões de estrelas, galáxias e outros corpos celestes.
Armazenamento e processamento dos dados
O Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA) ficará responsável pelo processamento, análise e distribuição das informações coletadas. Para isso contará com recursos avançados como o supercomputador científico do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), localizado em Petrópolis (RJ). O volume estimado é da ordem dos 5 petabytes armazenados ao longo da pesquisa.
Participação brasileira no projeto internacional
Cerca de 170 cientistas brasileiros integrarão ativamente as atividades científicas relacionadas ao projeto - destes aproximadamente 80% são estudantes ou pesquisadores recém-formados (pós-docs). A colaboração envolve ainda cerca de 1.500 pesquisadores distribuídos por 48 instituições internacionais, promovendo uma ampla troca científica global.
Formação científica nacional
Além dos avanços tecnológicos e científicos esperados na área da astronomia – especialmente nas pesquisas sobre energia escura - essa iniciativa representa uma oportunidade ímpar para capacitação profissional dos futuros cientistas brasileiros envolvidos diretamente nos processos analíticos desde os primeiros anos da operação.
Perspectivas futuras para as pesquisas astronômicas
Com início previsto para análise dos dados em 2026, o projeto promete revolucionar estudos sobre diversos fenômenos cósmicos além da energia escura. A abrangência temporal superior a dez anos garantirá um banco robusto que poderá ser utilizado por gerações futuras na comunidade científica mundial.
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