quinta-feira, novembro 20, 2025
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Brasil e Colômbia destroem 14 dragas de garimpo ilegal na Amazônia

Cada draga está avaliada em cerca de R$ 8 milhões, e o prejuízo total estimado ao garimpo ilegal ultrapassa R$ 100 milhões.

A Polícia Federal, em parceria com a Polícia Nacional da Colômbia, destruiu 14 dragas de garimpo ilegal de ouro na região da fronteira entre Brasil e Colômbia durante a Operação “Fronteira Dourada”, realizada entre os dias 14 e 19 de novembro nos rios Puruê (Brasil) e Purê (Colômbia).

Também foram destruídos seis rebocadores, uma retroescavadeira, motores, geradores, balsas de combustível e diversos equipamentos utilizados na extração, além da apreensão de quatro frascos de mercúrio. Cada draga está avaliada em cerca de R$ 8 milhões, e o prejuízo total estimado ao garimpo ilegal ultrapassa R$ 100 milhões.

Segundo a Polícia Federal, a operação não registrou confrontos e ninguém foi preso. Os locais de garimpo foram identificados por imagens de satélite analisadas pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI), que coordenou a ação com apoio de órgãos ambientais, militares e de inteligência, como ICMBio, Ibama, Exército Brasileiro e Censipam.

O delegado Paulo Henrique Oliveira Rocha, coordenador do CCPI, destacou a importância da operação coordenada entre os dois países:

“A atuação nesta região, que atravessa territórios brasileiro e colombiano, é complexa. Sem autorização, não podemos agir no país vizinho, o que permite que os criminosos se evadam. A cooperação é essencial para impedir a exploração ilegal da Amazônia.”

O tenente-coronel Dayro Armando Arenas, da Polícia Nacional da Colômbia, ressaltou que o intercâmbio de informações, incluindo imagens de satélite e sobrevoos da Força Aérea Colombiana, foi determinante para o sucesso da operação:

“Esse intercâmbio fortalece a proteção da Amazônia e combate delitos ambientais que afetam nossos recursos hídricos.”

No total, 120 policiais participaram da ação: 30 brasileiros e 90 colombianos.

Impactos e apreensões

Wilzer Gonçalves, coordenadora territorial do ICMBio em Manaus, alertou sobre os efeitos do garimpo ilegal na região:

“Durante a pandemia, o garimpo se expandiu significativamente no Amazonas, prejudicando o meio ambiente e recrutar populações tradicionais, ameaçando modos de vida e culturas locais.”

Entre os equipamentos destruídos ou apreendidos estão:

14 dragas

6 rebocadores

1 retroescavadeira

48 motores

7.800 litros de diesel

25 botijões de gás

3 cilindros de oxigênio

1 gerador

2 latas de fluido hidráulico (20 L cada)

32 galões de óleo 15W40 (20 L cada)

178 litros de gasolina

4 frascos de mercúrio

2 balsas de combustível

As investigações continuam para identificar os financiadores do garimpo ilegal na região.

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