A expectativa entre os aliados e advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é de que ele possa ser preso até outubro deste ano,caso o julgamento das investigações conduzidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) avance rapidamente.O novo cronograma processual, confirmado por ministros da corte, prevê a conclusão de etapas decisivas em um período de até quatro meses.
Essa avaliação circula entre membros do núcleo político bolsonarista e advogados envolvidos na defesa do ex-presidente, especialmente em relação à velocidade com que os inquéritos estão sendo tratados pelo relator Alexandre de Moraes. Um advogado próximo ao caso comentou: “Não se trata mais de uma possibilidade remota. A estratégia da defesa já considera cenários de prisão preventiva ou até mesmo condenação em tempo recorde.”
No círculo próximo a Bolsonaro, cresce a apreensão. Interlocutores relatam que o ex-presidente está ciente da mudança no tom do STF e tem realizado reuniões frequentes com sua equipe jurídica e parlamentares aliados.Entretanto, a defesa trabalha para atrasar o processo por meio de novos pedidos de diligência e recursos ao Supremo.O sinal claro da intenção do STF em acelerar o julgamento foi dado após a finalização da fase de coleta de provas. A Procuradoria-Geral da República (PGR) já manifestou apoio à abertura de ações penais em pelo menos dois dos inquéritos envolvendo Bolsonaro, incluindo casos relacionados à suposta falsificação dos cartões vacinais e tentativas para deslegitimar as eleições.
Ministros consultados indicaram que há um consenso na Corte sobre a gravidade das apurações e sobre a necessidade urgente de uma resposta institucional ágil. Um integrante do STF afirmou: “O país não pode viver indefinidamente sob a sombra de um ex-presidente sob investigação por ataque à democracia.”
A possível prisão antes das eleições municipais deste ano pode provocar reações intensas entre seus apoiadores e alterar significativamente o cenário político nas regiões onde o bolsonarismo ainda exerce influência.Líderes do PL discutem internamente como lidar com as consequências políticas que uma eventual prisão poderia trazer durante esse período eleitoral.
Mesmo aqueles aliados que defendem uma “resistência política” reconhecem que as investigações têm tornado insustentável continuar negando os fatos apresentados. Um parlamentar opositor observou: “Neste momento, o discurso sobre perseguição já não convence parte significativa do eleitorado.”
Enquanto isso, Jair Bolsonaro mantém sua agenda pública reduzida, aparecendo apenas em eventos restritos sem fazer declarações diretas sobre os andamentos dos inquéritos.
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