Corpo é encontrado com bilhete ao lado em Manaus
Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas investiga um assassinato ocorrido na rua Juticá, bairro Cidade de Deus, zona norte de Manaus. O corpo de um homem, encontrado na manhã desta segunda-feira (21), estava com as mãos amarradas para trás e marcas de tiros na cabeça. Ao lado da vítima, havia um bilhete manuscrito com uma mensagem que pode estar relacionada à motivação do crime.
O conteúdo do bilhete dizia: “Morri porque estuprei uma criança autista de 6 anos.” A veracidade da acusação está em apuração. A identidade da vítima não foi até o fechamento desta matéria.
Crime ocorreu durante a madrugada
Segundo informações preliminares, o corpo deixado no local durante a madrugada acabou encontrado por adolescentes que seguiam para a escola e se depararam com a vítima, por volta das 6h.
O delegado Daniel Verzani, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), afirmou que os criminosos levaram o homem até a área para executá-lo.
“É uma região usada com frequência para desova”, disse o delegado.
Equipes do Departamento de Polícia Técnico-Científico (DPTC) e do Instituto Médico Legal (IML) realizaram a perícia e fizeram a remoção do corpo.
Bilhetes em cenas de crime se tornam frequentes
Criminosos têm repetido a prática de deixar bilhetes ao lado dos corpos em Manaus, especialmente em execuções atribuídas ao chamado “tribunal do crime”. As mensagens, geralmente escritas à mão, trazem acusações como estupro, roubo ou traição.
Investigadores da DEHS não tratam os bilhetes como provas definitivas. Em muitos casos, os familiares das vítimas rejeitam as acusações feitas nos recados.
“Pode ser uma forma de desviar o foco da investigação e legitimar execuções sumárias cometidas por facções”, explicou um agente que acompanha o caso.
Polícia trata com cautela o conteúdo das mensagens
A DEHS reforça que toda informação contida nos bilhetes segue em apuração com rigor. A prática de justificar assassinatos com frases deixadas no local do crime é uma estratégia criminosa para manipular a narrativa pública e ocultar os verdadeiros autores.
“Não há como afirmar que a acusação do bilhete é verdadeira. Precisamos de apuração técnica, e até agora não temos confirmação do envolvimento da vítima com o fato descrito”, declarou o delegado Verzani.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil.
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