O Amazonas registrou um aumento significativo nos casos de leptospirose, com 12 ocorrências e um óbito entre janeiro e março de 2025. Desses, dez casos foram identificados em Manaus, enquanto Guajará e Itacoatiara contabilizaram um caso cada. Em comparação ao ano anterior, que teve 49 registros e seis mortes, os dados são alarmantes.As informações são da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP).
Somente no mês de janeiro deste ano, o número de casos foi o dobro da média histórica. Apesar da diminuição observada em fevereiro e março,as previsões indicam uma possível elevação entre abril e junho — período crítico devido às intensas inundações urbanas e rurais.
diante desse cenário preocupante, a FVS-RCP divulgou uma nota técnica com orientações para os serviços de saúde municipais. O documento enfatiza a importância da triagem adequada, diagnóstico preciso e tratamento oportuno para evitar agravamentos que possam levar a mais óbitos.
Os profissionais de saúde devem estar atentos à identificação rápida dos novos casos suspeitos ou confirmados; a notificação imediata é considerada obrigatória.
A leptospirose é uma doença transmitida pela exposição à urina de animais infectados como ratos, sendo mais comum durante períodos de alagamento. A secretária estadual de Saúde do Amazonas, Nayara Maksud, destacou que o trabalho conjunto com os municípios é essential para mitigar os impactos das cheias.
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, ressaltou que as prefeituras precisam revisar seus Planos de Contingência para Inundações visando garantir atenção integral à saúde pública durante esse período crítico.
Entre as ações recomendadas estão:
- Atualização dos planos de Contingência;
- Atenção especial aos casos suspeitos ou confirmados;
- Reforço na vigilância ativa dos sintomas relacionados à doença.
Além disso, a FVS-RCP sugere aumentar a cobertura vacinal contra doenças como Hepatite B e Tétano durante este período crítico; isso inclui também animais domésticos para prevenir zoonoses.
Outra recomendação importante envolve o fornecimento seguro do hipoclorito sódico a 2% para tratamento emergencial da água nas áreas afetadas pelas inundações.
Os gestores municipais devem monitorar constantemente as condições hospitalares locais garantindo leitos disponíveis e oxigênio medicinal suficiente para atender possíveis pacientes afetados pela leptospirose ou outras doenças relacionadas às cheias.
Por fim, Tatyana Amorim reforçou que manter uma vigilância eficaz é crucial diante das situações adversas provocadas pelas enchentes nos rios amazônicos.
Acompanhe as atualizações desta matéria e outras reportagens relevantes no Portal Notícias do Amazonas e fique sempre bem informado com as notícias de Manaus e região!