sexta-feira, novembro 21, 2025
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Amazonas aumenta apreensão de drogas com bases fluviais

Bases fluviais integradas fortalecem combate ao tráfico e crimes ambientais, com milhões em prejuízo ao crime na Amazônia

O Amazonas tem intensificado ações de segurança e obtido aumento expressivo na apreensão de entorpecentes, principalmente cocaína e maconha. Essas ações têm elevado a produtividade das forças policiais na região. Um estudo do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) aponta que a instalação das Bases Fluviais Integradas contribuiu diretamente para esses resultados.

Segundo a análise do FBSP, entre 2019 e 2024, o Amazonas apreendeu 34.987,4 toneladas de cocaína, tornando-se o segundo estado em volume apreendido, atrás apenas do Mato Grosso. Somente em 2024, Amazonas e Mato Grosso concentraram mais de 80% da droga apreendida na Amazônia brasileira.

O documento destaca que o crescimento das apreensões de cocaína coincide com a criação das bases fluviais integradas. A primeira foi inaugurada em 2020 no rio Solimões, próximo a Coari, com o objetivo de combater o narcotráfico e os crimes ambientais na região.

As apreensões de maconha também são expressivas. Entre 2019 e 2024, foram retiradas de circulação mais de 122 toneladas da droga, tornando o Amazonas líder na apreensão de maconha na Amazônia Legal.

Investimentos e produtividade

O Governo do Amazonas implantou a Base Arpão em 2020, como parte do Programa Amazonas Mais Seguro, para enfrentar o crime organizado nos rios Solimões. As bases contam com tecnologia avançada e equipe integrada da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Departamento de Polícia Técnico-Científica e Força Nacional.

Atualmente, operam quatro unidades: Bases Arpão 2 e 3, Paulo Pinto Nery e Tiradentes, localizadas próximas a Coari, Barcelos, Baixo Amazonas e Alto Solimões. A Base Arpão 1 encontra-se em manutenção.

Desde 2020, foram investidos R$ 160 milhões nas unidades fluviais. Até outubro de 2025, as operações geraram mais de R$ 780 milhões em prejuízos ao crime, comprovando a eficácia das bases. Nesse período, foram apreendidas 20,7 toneladas de entorpecentes, realizadas 604 prisões, recolhidas cerca de 4 mil munições, 175 armas de fogo, 15,4 milhões de litros de combustível, 113 mil quilos de carne de animais silvestres e pescado, R$ 3,9 milhões em minérios e 148 embarcações.

Entre janeiro e outubro de 2025, conforme a SSP-AM, as operações nas bases fluviais resultaram em mais de R$ 190 milhões em prejuízos ao crime, com 2,6 toneladas de entorpecentes apreendidas, 19 embarcações recolhidas, 7,2 milhões de litros de combustível e 120 prisões. Também foram recolhidos R$ 25,9 mil em espécie, 4,2 toneladas de pescado ilegal e 3,5 mil metros cúbicos de minérios, fortalecendo o combate aos crimes ambientais.

Além das bases, o Governo do Amazonas investiu em equipamentos, como lanchas blindadas, armamentos de grosso calibre, fuzis e metralhadoras. Antes de 2019, o estado não possuía esses recursos.

(*) Com informações da assessoria

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