Análises preliminares apontam presença de arsênio em familiares que passaram mal após consumir bolo em Torres
Na sexta-feira (27), exames iniciais revelaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas fatais e de dois sobreviventes que participaram de uma confraternização familiar em Torres, litoral norte do Rio Grande do Sul. O envenenamento ocorreu após o consumo de um bolo preparado para o evento. A substância detectada é altamente tóxica e pode causar graves danos à saúde, inclusive levar à morte.
Investigação dos casos e estado das vítimas
Foram analisadas amostras sanguíneas da mulher responsável pelo preparo do bolo, seu sobrinho-neto, de 10 anos, e Neuza Denize Silva dos Anjos, vítima fatal confirmada. Segundo boletim médico divulgado, a tia e o sobrinho permanecem internados em hospital local e estão clinicamente estáveis.
Além da Neuza, outras duas pessoas morreram poucas horas depois da ingestão do alimento: Tatiana denize Silva dos Santos e Maida Berenice flores da Silva sofreram parada cardiorrespiratória. A causa oficial da morte de Neuza foi registrada como “choque pós-intoxicação alimentar”.
O que é arsênio?
O arsênio é um metal encontrado naturalmente em fontes subterrâneas de água e presente em diversos alimentos como peixes, mariscos, carnes variadas (frango incluído) e cereais. Embora seja comum na natureza, sua toxicidade depende diretamente da quantidade absorvida pelo organismo.
Riscos à saúde segundo a OMS
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a exposição prolongada ao arsênio pode provocar sérios problemas à saúde humana. Entre as doenças associadas estão cânceres diversos, enfermidades cardíacas crônicas, diabetes mellitus além de prejuízos no desenvolvimento infantil e danos ao sistema nervoso central.
Sintomas causados pela intoxicação
Os sinais mais comuns relacionados à contaminação por arsênio incluem vômitos intensos,dores abdominais agudas e diarreia persistente. Em casos com exposição contínua ou elevada concentração no organismo podem surgir alterações na pigmentação cutânea acompanhadas por lesões na pele; nos quadros mais graves há risco aumentado para câncer dermatológico.
Medidas preventivas recomendadas
Diante dos riscos apresentados pelo arsênio – considerado pela OMS um dos dez químicos prioritários para vigilância global – recomenda-se evitar fontes contaminadas desse metal sempre que possível para prevenir intoxicações agudas ou crônicas.A investigação sobre as circunstâncias específicas deste caso segue aberta pelas autoridades locais enquanto os familiares afetados recebem acompanhamento médico adequado.
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