O vereador de Manaus Rosinaldo bual (Agir) e a chefe de gabinete dele foram presos preventivamente na sexta-feira (3), durante uma operação do Ministério Público do Amazonas (MPAM) que investiga um esquema de rachadinha na Câmara Municipal. A ação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime organizado (Gaeco), resultou na apreensão de armas e cofres em diversos locais ligados ao parlamentar.
Prisão e apreensões durante a operação
Durante o cumprimento dos mandados, os agentes encontraram três cofres no gabinete do vereador. Segundo o MPAM, Rosinaldo Bual se recusou a fornecer as senhas para abrir os equipamentos, o que levou os investigadores a levarem os cofres para perícia na sede do órgão.Além disso, foram recolhidos outros materiais em diferentes endereços:
- Na casa do vereador, localizada no bairro Compensa: uma arma e um cofre;
- Na residência da mãe dele, também no bairro Compensa: uma arma e um cofre;
- Um cofre encontrado no bairro Flores;
- Dois cofres localizados em endereços não divulgados.
Imagens da operação mostram ainda a prisão de uma mulher identificada como Bianca; sua relação com o vereador ainda não foi esclarecida pelas autoridades. Também foi registrada a saída de Gabriel, preso anteriormente por roubo à casa do parlamentar; ele deixou a delegacia após prestar esclarecimentos.
Investigação revela movimentação suspeita
As apurações indicam que mais de 100 pessoas passaram pelo gabinete desde o início do mandato do vereador Rosinaldo Bual. A quebra de sigilo bancário autorizada pela Justiça revelou diversas transferências financeiras feitas diretamente para sua conta pessoal. Essas movimentações reforçam as suspeitas sobre o esquema ilegal investigado.
Entenda como funcionava o esquema
- Político contrata servidores: O parlamentar nomeava servidores comissionados para seu gabinete – muitas vezes amigos, parentes ou até pessoas fantasmas.
- Servidores recebem salários: Esses funcionários recebiam salários pagos com recursos públicos.
- parte dos valores retornava ao político: Os servidores devolviam parte dos salários ao político por meio de dinheiro em espécie, pix ou depósitos.
- Enriquecimento ilícito: O político ficava com esses valores sem declarar à Receita Federal nem pagar impostos correspondentes – configurando crime.
Encaminhamento às autoridades policiais
Após as prisões e apreensões realizadas nesta sexta-feira (3), está previsto que Rosinaldo Bual e sua chefe de gabinete sejam encaminhados ao 19º Distrito Integrado de Polícia (DIP) para continuidade das investigações.
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