Pelo menos onze pessoas foram mortas e outras 83 ficaram feridas em confrontos com as forças israelenses no sul do Líbano neste domingo (26). O Ministério da saúde libanês informou que os ataques ocorreram quando expirou o prazo para a retirada das tropas israelenses da região, conforme previsto no acordo de cessar-fogo firmado entre Israel e o Hezbollah.Apesar das ordens militares israelenses para que moradores de vilarejos próximos à fronteira não retornassem às suas casas, muitos desafiaram essa determinação.
Conflito e descumprimento do acordo de cessar-fogo
O acordo estabelecido em novembro previa a retirada das forças israelenses e do Hezbollah do sul do Líbano até 26 de janeiro,encerrando um período de 60 dias estipulado para o cessar-fogo. No entanto, na sexta-feira anterior ao prazo final, o governo israelense anunciou que não retiraria todas as suas tropas até domingo, alegando que o Líbano não cumpriu sua parte no acordo. Em resposta, o Exército libanês acusou Israel de procrastinação.
ataques contra civis e soldados
Segundo informações do Ministério da Saúde libanês, os militares israelenses dispararam contra cidadãos que tentavam retornar às cidades ainda sob ocupação militar.Entre os mortos está um soldado identificado como vítima dos tiros inimigos. Vídeos mostram moradores caminhando a pé em Kfar Kila carregando bandeiras do Hezbollah e imagens de combatentes falecidos durante a guerra.
Ordem militar para impedir retorno dos moradores
No mesmo dia dos confrontos, as Forças de Defesa de Israel emitiram uma nova ordem proibindo os habitantes de dezenas de vilarejos no sul do Líbano a se deslocarem para suas residências próximas à linha fronteiriça.Avichay Adraee, porta-voz das Forças em árabe nas redes sociais, reforçou que qualquer movimento nessa direção representa risco à vida dos civis.
Medidas adotadas pelas tropas israelenses
As tropas atuantes na região realizaram disparos de advertência contra suspeitos identificados se aproximando das posições militares e efetuaram prisões sob alegação da existência iminente de ameaças aos soldados. A restrição visa evitar confrontos diretos enquanto persiste a tensão na área.
Reações políticas e internacionais
O presidente libanês Joseph Aoun declarou estar acompanhando pessoalmente os desdobramentos mais críticos dessa situação nos níveis mais altos do governo local. Ele ressaltou que a soberania nacional é inegociável e garantiu proteção aos direitos dos moradores afetados pelo conflito.
Atuação das Nações Unidas
A ONU solicitou urgência no compromisso bilateral com o cumprimento integral do cessar-fogo enquanto sua força internacional foi enviada ao sul do Líbano por solicitação oficial das autoridades locais para monitoramento da segurança regional.
Contexto geral dos conflitos regionais
Desde setembro passado Israel intensificou operações aéreas e terrestres contra grupos radicais como Hezbollah no Líbano – financiado pelo Irã – assim como ocorre com Hamas na Faixa Gaza onde prosseguem combates desde outubro 2023 após ataque radical resultante em centenas mortos e reféns sequestrados por militantes palestinos.
Os bombardeios recentes causaram destruição significativa obrigando mais um milhão a deixarem seus lares devido à escalada bélica entre Israel e esses grupos armados aliados ao Irã também presentes na Síria, Iêmen e Iraque onde ataques pontuais têm sido realizados pelo Exército israelense sem evoluir para guerra aberta entre países envolvidos diretamente nesta terceira frente conflituosa envolvendo Teerã.
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